quarta-feira, 26 de maio de 2010

Governos europeus estão numa encruzilhada, enfrentam o aumento do desemprego, mas não podem abrir mão dos imigrantes




Debate sobre imigração volta com crise


Governos europeus estão numa encruzilhada, enfrentam o aumento do desemprego, mas não podem abrir mão dos imigrantes


Maomé. Esse já é o nome mais registrado em crianças nascidas em 2009 na cidade de Bruxelas, a capital da Europa. Em Antuérpia, os cartórios registraram no ano passado mais crianças com o nome Maomé que Adam. Em Londres, o nome do profeta já é o terceiro mais registrado entre os recém-nascidos.

O fenômeno da explosão de famílias muçulmanas, sul-americanas, asiáticas e africanas na Europa está obrigando governos da região a enfrentar um dos maiores desafios sociais das últimas décadas: garantir a integração desses imigrantes.

Ao mesmo tempo, projeções econômicas apontam que, sem os estrangeiros, a população europeia sofrerá uma contração até 2050 e o crescimento econômico estará comprometido por falta de mão de obra.

Em 60 anos, a Europa passou de uma região de emigração para o local mais cobiçado por imigrantes de todo o mundo. Por ano, são 500 mil estrangeiros irregulares que conseguem entrar no bloco. Os imigrantes já são responsáveis por 12% do Produto Interno Bruto (PIB) europeu.

Entre os que trabalham sem vistos, a estimativa é de que sejam 8 milhões de estrangeiros.

Hoje, os muçulmanos já são 15 milhões vivendo na Europa. Apesar de o número representar apenas 3% da população local, nunca a taxa foi tão alta desde que os mouros deixaram a península ibérica há alguns séculos.

O Leste Europeu sofreu, nos últimos anos, uma verdadeira drenagem da população para as capitais dos países da Europa Ocidental. Dois milhões de romenos deixaram o país desde sua adesão à União Europeia (UE), em 2007. Teodora Petri, uma romena que trabalha em Barcelona, é uma das que acreditam que tomou o caminho certo ao deixar Bucareste. Na Polônia, o cálculo aponta que outros 2 milhões de cidadãos foram tentar a sorte no Ocidente, principalmente na Inglaterra.

Muro de Berlim. A situação ficou ainda mais crítica em 2009. Quando achavam que o muro havia sido derrubado e que agora poderiam desfrutar a liberdade de trabalhar nos demais países do continente, a crise econômica caiu como um banho de água fria. Muitos, agora, começam o caminho de volta.

Na Espanha, a taxa de desemprego entre os imigrantes já supera a marca de 35%, contra 16% para os espanhois. No Reino Unido, dados oficiais mostram que em 2008, por conta da recessão, o recuo de imigrantes vindos do Leste Europeu foi de 44% no ano passado. Já a saída de estrangeiros do país aumentou em 50%, chegando a 66 mil.

A realidade é que, mesmo com a saída de muitos, a expansão da imigração foi acompanhada nos últimos anos por uma crise sem precedentes, desemprego e recessão. A reação de governos e partidos de direita foi a de aumentar as iniciativas para limitar a entrada de estrangeiros. Alemanha e Reino Unido passaram a exigir um teste escrito para selecionar quem receberia vistos. Na Espanha, o governo paga para aqueles que queiram abandonar a Europa de vez.

A tensão ainda ganhou uma conotação religiosa. O uso da burca começa a ser banido em vários países, assim como a construção de minaretes, a proibição de tribunais islâmicos ou projetos de novas mesquitas.

De outro lado, partidos de extrema-direita na Europa tentam ganhar espaço e votos de uma população fragilizada diante da pior crise econômica em 70 anos, usando exatamente a ameaça islâmica como plataforma de campanha eleitoral.

"O pior que pode acontecer agora é que o tema de imigração se transforme em um tema populista", afirmou ao Estado o ex-presidente de Portugal e alto comissário de Refugiados da ONU, Antonio Guterres.

Seu alerta é de que de nada servirá limitar a entrada dos estrangeiros. "A Europa precisará da população estrangeira para continuar a crescer. A taxa de natalidade local não será suficiente nem mesmo para financiar as aposentadorias", disse Guterres.

Estudos da ONU mostram que, até 2050, a população europeia passará de 731 milhões de pessoas para 664 milhões se a imigração for barrada.




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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Liberais Democratas: Promete anistia para imigrantes ilegais no Reino Unido

O líder do Partido Conservador do Reino Unido, David Cameron, acaba de fazer uma proposta de coalizão com os liberais democratas, liderados por Nick Clegg.
Ele abriu a possibilidade de discutir uma reforma política no país, um dos pontos de discordância entre os partidos. "Precisamos de um governo forte e rápido", afirmou Cameron, em pronunciamento feito nesta manhã. Na oferta de aliança, ele propôs a criação de um comitê para estudar mudanças no sistema político.

Ao admitir diferenças entre os dois partidos, Cameron listou os pontos que os conservadores não aceitam discutir. Eles não querem mais poder para a União Europeia (UE) nem regras mais leves para a imigração. Além disso, também avaliam que o país precisa de um sistema de defesa forte.

Para os conservadores, é essencial começar a reduzir o déficit fiscal já neste ano. "O mundo está olhando para ações decisivas do Reino Unido."

Já os liberais democratas são favoráveis a uma maior integração com a UE, inclusive com a possibilidade de adesão ao euro futuramente. Além disso, propõem anistia para imigrantes ilegais no país há mais de dez anos e questionam os gastos do governo com a manutenção de arsenal nuclear da época da Guerra Fria. O partido de Nick Clegg avalia ainda que, antes de começar a cortar gastos, é melhor manter o suporte para a recuperação da economia.

Apesar das discordâncias relevantes, Cameron buscou semelhanças entre as propostas de governo dos dois partidos e citou a necessidade de reforma do sistema tributário e a defesa das liberdades civis.




No Reino Unido Visite http://www.fasano.org.uk/


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