quarta-feira, 29 de junho de 2011

Desemprego no Reino Unido diminui no 1º trimestre

O número de pessoas desempregadas caiu 36 mil, para 2,46 milhões


O desemprego no Reino Unido inesperadamente diminuiu nos primeiros três meses deste ano, para a taxa mais baixa desde o terceiro trimestre do ano passado, segundo o Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês).

O número de pessoas desempregadas, de acordo com a medida da Organização Internacional do Trabalho (OIT), caiu 36 mil, para 2,46 milhões, no período de janeiro a março - a maior queda desde o segundo trimestre de 2010. A taxa de desemprego recuou para 7,7%, de 7,8% no quarto trimestre do ano passado. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam que a taxa ficasse estável em 7,8%.

O ONS também informou que a quantidade de pessoas que pediram auxílio-desemprego aumentou 12,4 mil em abril, a maior alta desde janeiro de 2010, em seguida ao aumento de 6,4 mil registrado em março. A taxa de pedidos subiu para 4,6%, de 4,5%. Os economistas previam queda de 1 mil no número de pedidos e estabilidade na taxa.

Em um sinal de que há pouca pressão inflacionária provocada pelos salários, o ONS afirmou que a taxa anual de crescimento dos ganhos semanais médios excluindo bônus diminuiu para 2,1% no primeiro trimestre, de 2,2% nos três meses até fevereiro. As informações são da Dow Jones.


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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Número de mulheres presas por violência contra homens sobe 169% no Reino Unido

Aumento ocorreu na Inglaterra e País de Gales nos últimos cinco anos; dado pode ser devido a um aumento nas denúncias

O número de mulheres presas por violência doméstica na Inglaterra e País de Gales mais do que dobrou nos últimos cinco anos, de acordo com uma investigação feita pela BBC Radio 5, uma emissora da BBC na Grã-Bretanha.

Dados fornecidos pelo Crown Prosecution Service (órgão britânico responsável por levar crimes investigados pela polícia aos tribunais) mostram que quase 4 mil mulheres foram presas por cometer violência doméstica no ano passado, em contraste com 1,5 mil em 2005 - um aumento de 169%.

Para alguns especialistas, os índices são um sinal preocupante de uma cultura cada vez maior de violência por parte da mulher.

Outros dizem que quem mudou foram os homens, hoje mais dispostos a contar que foram agredidos por esposas e namoradas.

A chefe de polícia Carmel Napier, especialista em violência doméstica de uma associação de oficiais da polícia da Grã-Bretanha, disse que os números indicam uma maior tendência por parte da população de denunciar incidentes.

"Sabemos sobre mais casos agora porque há melhores respostas por parte da polícia, agências e serviços voluntários e por causa de uma mudança na forma como a sociedade vê o crime", disse.

Vítimas

Em depoimento à BBC, uma vítima, identificada como Peter, contou ter sido vítima de maus-tratos físicos e emocionais pela esposa durante quase um ano. Quando, finalmente, decidiu chamar a polícia, não teve coragem de apresentar queixa.

Durante meses, ele foi obrigado a dormir na mesma posição, de costas. Se virasse de lado, a esposa lhe dava socos e chutes.

Peter disse que o primeiro incidente de violência o pegou completamente de surpresa.

"Não estava esperando o soco no rosto. Não esperava que alguém fosse me bater tão rápido."

"Sabe quando você ama alguém tanto e você acredita que a pessoa simplesmente pode mudar? Eu tinha esperança de que ela ia mudar".

Outra vítima, Kieron, foi esfaqueado no peito pela ex-mulher. Hoje ela cumpre uma pena de quatro anos e meio na prisão.

Segundo Kieron, o abuso começou durante a gravidez da mulher.

Na noite em que ele foi esfaqueado, sua esposa voltou para casa após ter visitado amigos e exigiu que ele cozinhasse para ela.

Eles começaram a discutir, e ela ameaçou esmurrá-lo. Kieron a empurrou. A mulher foi para a cozinha, pegou uma faca e enfiou-a no peito de Kieron.

"Dava para ver o sangue manchando a camiseta", ele disse à BBC. "Durante o período em que falava pelo telefone com a ambulância, perdi a consciência várias vezes."

"Só me lembro de que o pessoal da ambulância estava lá, me dando oxigênio e medicamentos para dor. Os médicos disseram que minhas chances de sobreviver ou morrer eram de 50%".

Décadas de Atraso

Não está claro por que os índices de mulheres presas por cometer violência doméstica estão aumentando.

Há poucas organizações oferecendo suporte a homens que foram vítima de violência feminina na Grã-Bretanha.

Uma entidade britânica que oferece o serviço, a Mankind Initiative, disse que em todo o país existem apenas 70 leitos distribuídos entre 20 abrigos para vítimas homens, em comparação com 7,5 mil leitos para mulheres que são alvo da violência masculina.

Segundo o presidente da Mankind Initiative, Mark Brooks, apesar do número de mulheres condenadas, algumas organizações ainda se recusam a reconhecer que homens também podem ser vítimas de violência doméstica.

"Há vários serviços telefônicos locais e nacionais de ajuda. Há administrações regionais e forças policiais que fazem um grande trabalho, incentivando e apoiando homens quando fazem denúncias, mas são muito poucos", disse Brooks.

Na opinião dele, os serviços que existem estão cerca de três décadas atrás dos que se dedicam a vítimas mulheres.

Em matéria de violência doméstica, os homens continuam a ser, no entanto, os principais infratores.

O número de condenações subiu de mais de 28 mil em 2005 para mais de 55 mil em 2010.


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terça-feira, 21 de junho de 2011

Servidores britânicos farão greve contra cortes públicos

Milhares de funcionários públicos do Reino Unido votaram em favor de uma greve no próximo dia 30, em protesto contra medidas de austeridade do governo. Em comunicado, o Sindicato dos Serviços Públicos e Comerciais informou que 61,1% dos participantes da votação aprovaram a greve.

O sindicato consultou mais de 250 mil filiados, que trabalham em agências e departamentos do governo como tribunais, aeroportos, escritórios de passaportes e impostos, mas apenas 32,4% responderam. O Sindicato Nacional dos Professores confirmou mais cedo que milhares de seus associados também preparam uma greve para o dia 30 contra a reforma do sistema de aposentadoria.

O governo de coalizão do primeiro-ministro David Cameron adotou um ambicioso programa de austeridade de 111 bilhões de libras que deve levar ao corte de mais de 300 mil empregos públicos em quatro anos. Os sindicatos afirmam que o governo está cortando demasiadamente e deveria adotar mais medidas para gerar empregos e crescimento. No dia 26 de março, uma manifestação contra os planos do governo reuniu centenas de milhares de pessoas em Londres.

Outros sindicatos indicam que projetam paralisações. O Unison, maior sindicato do setor público do Reino Unido, informou ontem que poderá consultar quase 1,2 milhão de filiados sobre um protesto contra as mudanças na aposentadoria. As informações são da Dow Jones.


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