quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Brasil em Destaque: Governador Valadares agora tem imigrantes de varios Paises.



Economia e anistia fazem estrangeiro escolher o Brasil.

A crise econômica que fez milhares de imigrantes brasileiros embarcarem de volta para casa, provocou também reflexos curiosos como a imigração de estrangeiros para o País.

Representantes de diferentes nacionalidades estão desembarcando nas cidades do médio Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, região que ganhou fama como o maior pólo de exportação de mão de obra brasileira para os EUA.

Cidadãos de países tão diferentes quanto Filipinas e Suíça, além dos Estados Unidos, estão chegando em companhia dos imigrantes brasileiros com os quais construíram famílias lá fora. E trazem na bagagem a esperança de levar, no Brasil, uma vida mais tranquila e feliz.

"A situação está cada vez pior no meu país e, para os Estados Unidos, só quero ir para passear", conta a filipina Janet Baladjay Arruda, de 42 anos, que casou-se com o microempresário Paulo Arruda, de 49. O valadarense conheceu sua segunda mulher quando construía piscinas na Flórida e veio com ela para o Brasil há dois anos. Grande parte da família de Janet é imigrante nos Estados Unidos. Como o Brasil, as Filipinas viram um grande número de habitantes emigrar para os EUA. Mas, a cada telefonema, as notícias da família Baladjay para Janet são menos animadoras. "Eles apenas sobrevivem nos Estados Unidos", diz Janet num português bastante compreensível.

Ao contrário da irmã, que enfrenta preconceito e dificuldade financeira nos Estados Unidos, Janet leva uma vida tranquila em Valadares. O casal mora numa confortável casa recém-construída no Vila Rica, bairro pacato de classe média. Eles vivem da locação de quatro tratores que Arruda comprou com o dinheiro que juntou em mais de cinco anos nos Estados Unidos. Ele desembarcou nos EUA pela segunda vez em fins de 2002. E agora pensa em ampliar o negócio de locação.

"Antes, para comprar um trator, era uma dificuldade, o valor da entrada era enorme e o prazo para pagar, curto", conta ele. Arruda diz que a oferta de crédito, com taxas menores e prazos mais longos, é uma das boas surpresas que encontrou no retorno. "Estou melhor aqui." Ele tem um filho de 21 anos, do primeiro casamento, que ainda está nos Estados Unidos, trabalhando como instalador de TV a cabo. E as notícias que recebe dele não são melhores que as da família de Janet. "Ele também está querendo vir para o Brasil, mas tem mulher lá e, para vir, terá de convencê-la."

O suíço Hans Rüsi, de 48 anos, é outro que escolheu Governador Valadares para morar, em 2007, por causa da mulher, a agricultora Márcia Rüsi, de 38. "Os negócios no Brasil são mais difíceis do que esperava, mas não me arrependi, tenho uma paz e uma felicidade que não tinha lá", afirma, em alemão. Em um sítio a 30 km do centro de Valadares, Rüsi e a mulher, com quem tem dois filhos, trabalham no plantio de legumes e frutas sem agrotóxico.

"Na Suíça, as pessoas vivem muito isoladas", afirma Márcia. Voltar a morar na Europa, garante ela, está fora de questão. Filha de lavradores, Márcia, como quase todos os jovens de Valadares, sonhava fazer a vida nos EUA. Mas não conseguiu entrar no país. Resolveu apostar na Europa - rota alternativa para valadarenses barrados na alfândega americana - e acabou na Suíça, trabalhando de babá. O marido suíço, diz ela, foi praticamente a única coisa boa que aconteceu por lá. O dinheiro que ela esperava encontrar, não viu nem de relance.

O "brazilian way of life" também foi a motivação que levou a americana Manara Rocha, de 20 anos, a trocar os shoppings americanos pela pracinha de Governador Valadares, no ano passado, quando o agrônomo brasileiro Paulo Rocha a pediu em casamento. "Os americanos podem até ter mais dinheiro, mas são menos felizes", diz ela. Filha de imigrantes brasileiros que foram para os EUA na década de 80 - e que agora também vivem em Valadares -, ela cresceu falando inglês, convivendo com americanos, mas diz que nunca se integrou completamente. Não teve um único namorado americano. Só reclama do baixo salário que recebe trabalhando no comércio, da falta do carro e confessa que sente saudade dos shoppings.

ESPERANÇA

Segundo a professora Sueli Siqueira, da Universidade do Vale do Rio Doce (Univale), a exposição positiva que o Brasil - o país que será a sede da Copa e da Olimpíada - vem tendo no exterior contribui para alimentar as esperanças dos imigrantes brasileiros e também de seus parceiros estrangeiros em relação ao projeto de uma nova vida com salários em real. Sueli estuda a emigração na região desde 1998 e conclui uma pesquisa com foco no retorno dos imigrantes.

As notícias positivas sobre o Brasil contribuíram para a decisão da advogada Helena Abreu Murray, de 58 anos, de voltar para o País com o marido americano, que perdeu o emprego. "Nos Estados Unidos não conseguimos mais ver um horizonte", diz Helena, que viveu dez anos lá e voltou há dois meses.

Embora não seja difícil encontrar exemplos de estrangeiros imigrando para o Brasil com seus parceiros, Sueli acredita que o movimento é pontual e nunca chegará a volumes expressivos. Assim como faltam estatísticas sobre a emigração, quase sempre ilegal, dos mineiros para os Estados Unidos, faltam números sobre a volta dos brasileiros e a recente imigração de estrangeiros.

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7 comentários:

  1. So espero que nossos governantes usem a lei da reciprocidade!!!

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  2. EUUUU vouuu encher a BOCA para dizer que so FALO portugues quando um "doido" vier falando outra lingua comigo!

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  3. pois e enquanto isso a inglaterra e a unica que nao desce do salto para os imigrantes,e a unica que nao ve a recessao,daqui a pouco vai sentir falta de brasileiros que tambem ja estao voltando para aquela terra amada e abencoada,diga-se de passagem o lula deu anistia esse ano para mais imigrantes e nos como brasileiros os recebemos muito bem,com todas as dificuldades e corrupcao,agora por favor enquanto uma familia se dizer real e exitir rainha,isso aqui jamais vai olhar para o lado humano e sim para os caprichos da familia real que nunca trabalhou na vida.

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  4. Nao poderia concordar mais com o comentario acima!!! Deus abencoe o Brasil que sempre recebe todos com os bracos abertos.

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  5. Um dia tambem querovrir de um ingles ke vai tentar vida no Brasil,por nao falar perfeito portugues,kero ver eles la,nos aki sobrevivemos,duvido ke eles aprendam a falar como nos falamos aki,o unico ke eles aprendem eh "uma cerveja por favor"as vezes me canso de tanto ke riem do meu sutaque e minha maneira de falar,nao nasci aki nao estudei ingles aprendi na garra,porque brasileiro eh batalhador e

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  6. Admiro todos que foram e lutaram são todos querreiro trabalhadores parabens aqueles que sofreram humilhações para conquistar uma pequena grana para ter uma vida melhor no brasil.Mas temos que fazer o mesmo com eles aqui no nosso país,eu sei que um erro não concerta o outro mas somos seres humanos digno de nossas raizes e brasileiro!!! Tiago uberlandia

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  7. EU,mais uma valadarense em migrar para os eua!!!Deixei minha vida aq ,que considerava dificil pra ir pros eua ,atras do sonho americano.Todas as oportunidades que apareciam no Brasil,dispensava ,enquanto esperava meu passaporte europeu ficar pronto!Só quero dizer aq p resumir,que tenho pai e irmao que moram la muitos anos,que conquistaram seu espaco la,mas pagam um preco alto por isso!A vida lá está difícil e em todos os lugares tbem,vivemos num mundo globalizado e competitivo.Morei todo ano de 2009 lá nos eua,trabalhei viajei muito e vi que tenho de lutar pela vida aqui na nossa terra ,mesmo com todas as dificuldades,estar no nosso país ,na nossa cultura,nao tem preco,ainda mais agora que as coisas nao andam boas por lá e digo isso ,prq sou solteira ,e nao tenho familia que dependa de mim,pelo contrario,tinha família lá que me davam total apoio!!!!EU AMO MEU PAIZ E VOLTEI DECIDIDA A FAZER A MINHA HISTORIA AQUI.Obrigada estados unidos por me dar a oportunidade de enxergar isso ,antes tarde do que nunca...kapuppo@yahoo.com.br

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