terça-feira, 27 de outubro de 2009

Comida mais cara deve gerar mais violência



A crise mundial dos alimentos ameaça provocar ainda mais violência em zonas de guerra onde milhões de pessoas vivem de forma já precária, afirmou na terça-feira o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC).

A agência humanitária prometeu dar continuidade a seu trabalho em 52 países apesar do aumento do preço dos alimentos que a obrigou a elevar seus gastos com os produtos alimentícios em quase 200 por cento, para um total de 100 milhões de francos suíços (98 milhões de dólares), ou um décimo do orçamento da entidade para 2008.

"Há uma chance de presenciarmos surtos de violência ligados à falta de alimentos. Em cenários onde as pessoas já se encontram em uma situação muito ruim, e vimos exemplos disso, pode-se ter casos de violência induzidos pela crise dos alimentos", afirmou o presidente do ICRC, Jakob Kellenberger.

A agência divulgou seu relatório anual na terça-feira, e Kellenberger disse em uma entrevista coletiva ser fundamental que os esforços de ajuda cheguem às áreas de conflito e em outros pontos de tensão onde o acesso à comida poderia ser uma "questão de sobrevivência".

Neste ano, a fim de prestar auxílio aos civis imersos em conflitos armados, o ICRC precisará gastar uma grande soma com alimentos e medidas de proteção. "Está bastante claro que este será um ano de inchaço dos gastos. E isso tem relação, em grande parte, com a questão dos alimentos."

A agência, com sede na Suíça, vem intensificando a distribuição de alimentos no Iêmen e na Somália, onde a disparada do preço dos alimentos atinge de forma particularmente dura os mais pobres.

O Quênia e a República Democrática do Congo também devem receber mais alimentos. E o Chade, o Haiti e o Afeganistão precisarão de ajuda em caráter de urgência.

Os preços mundiais dos produtos básicos elevaram-se acentuadamente no ano passado, provocando distúrbios em alguns países.

O ICRC estima hoje que precisará comprar 92 mil toneladas de comida neste ano, disse um porta-voz.

No ano passado, a entidade gastou 944 milhões de francos suíços (919 milhões de dólares) com os projetos de ajuda em vários países, entre os quais o Iraque e o Sudão, onde serviços básicos como atendimento médico tornaram-se quase inexistentes, afirmou o relatório anual da Cruz Vermelha.


No mundo todo, o ICRC implantou projetos de fornecimento de água limpa e de esgoto que ajudaram mais de 14 milhões de pessoas. Além disso, forneceu material médico para hospitais e clínicas que trataram de quase 2,9 milhões de pacientes.



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