terça-feira, 27 de outubro de 2009

Queda no PIB leva Reino Unido à maior recessão desde 1955




Retração no setor de serviços faz economia britânica se contrair pelo sexto trimestre consecutivo


A economia do Reino Unido registrou o sexto trimestre consecutivo de contração de julho a setembro, configurando o mais longo período de recessão desde o início da série histórica, iniciada em 1955. O dado contrariou as expectativas de economistas de que a o período de retração estaria perto do fim. Em sua estimativa preliminar divulgada nesta sexta-feira, 23, o Escritório Nacional de Estatísticas informou que o Produto Interno Bruto (PIB) britânico caiu 0,4% no terceiro trimestre ante o segundo e encolheu 5,2% frente a igual período do ano passado.

Economistas esperavam que o PIB crescesse 0,1% em comparação trimestral, o que representaria o primeiro trimestre de expansão desde o início de 2008.

O maior obstáculo ao crescimento no terceiro trimestre veio do segmento de distribuição, hotéis e restaurantes, que contribuiu com um declínio de 0,2% na produção total de serviços (segmento que representa cerca de três quartos do PIB do país). A queda total nas indústrias de produção no terceiro trimestre foi de 0,7%.

No lado da produção, a de manufaturas caiu 0,2% no trimestre; em mineração e extração recuou 3,5% e em serviços públicos declinou 0,6%. A produção em construção diminuiu 1,1% no período. No lado dos serviços, a produção no segmento de distribuição declinou 1,0%; em comunicações caiu 0,3% e em serviços empresariais e finanças recuou 0,1%.

Governo e outros serviços foi o único segmento onde a produção não caiu, mas ficou estável.

O escritório de estatísticas disse que houve um declínio na produção do "pico ao piso" de 5,9% desde que a recessão começou, no segundo trimestre de 2008. Isso está levemente abaixo do declínio "pico ao piso" de 6,0% registrado na recessão do começo dos anos 1980. As informações são da Dow Jones.

A contração do PIB no Reino Unido continua apesar das medidas adotadas pelo Banco da Inglaterra, que mantém desde março a taxa de juros em 0,5%, o patamar mais baixo da história do banco. Além disso, a instituição manteve a injeção de dinheiro no mercado destinado a estimular o crédito no país.


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