Um relatório divulgado no parlamento da Grã-Bretanha diz que o excesso de imigrantes está prejudicando os contribuintes e sobrecarregando o sistema de saúde pública.
A entrada de imigrantes na Grã-Bretanha, um dos países mais ricos do mundo, provocou polêmica e discordâncias entre o parlamento e o governo. Quem explica é o correspondente Marcos Losekann.
Eles chegam de todo o mundo em busca de salários em moeda forte: a libra esterlina. Só em 2006, entraram no Reino Unido quase 200 mil pessoas a mais do que saíram.
Segundo cálculos do governo, essa força de trabalho teria somado o equivalente a R$ 21 bilhões à economia britânica no ano passado.
Mas um relatório divulgado nesta terça no parlamento diz o contrário: o excesso de imigrantes está prejudicando os contribuintes e sobrecarregando o sistema de saúde pública. Para a Câmara dos Lordes, quem vem de fora tira o emprego dos jovens e dos trabalhadores menos qualificados.
Os lordes, parlamentares que não são eleitos pelo voto direto, exigem que o governo estabeleça um limite para a entrada de estrangeiros, principalmente os que vêm de fora da Europa.
O governo reagiu: afirmou que a renda média dos britânicos subiu e que a contribuição dos imigrantes para a economia é maior do que a despesa para os cofres públicos.
O ex primeiro-ministro Gordon Brown também lembrou que uma das recomendações dos lordes já foi adotada: multar com rigor quem dá emprego a imigrantes ilegais.
Para o primeiro-ministro, o ideal é o sistema que entrou em vigor há um mês: os candidatos a viver e a trabalhar legalmente são avaliados de acordo com a capacitação. Quanto mais qualificados, mais pontos recebem.
Assim, segundo Gordon Brown, só vão entrar os trabalhadores realmente necessários ao país e as portas da Grã-Bretanha vão continuar fechadas para quem não tiver qualificação.