domingo, 21 de novembro de 2010

Novas regras de imigração passam a valer a partir de janeiro.

Em cinco anos, taxa de desemprego no país passou de 3% para 13,5%. Novas regras de imigração passam a valer a partir de janeiro.

O goiano Gustavo Sacipieri, 33, sustenta a família vendendo produtos cobiçados pelos brasileiros que moram na Irlanda: feijão, achocolatado, guaraná, picanha. Todos os dias, ele e sua equipe acordam cedo para carregar item por item nas três vans da empresa criada por ele - a "Brasil na Van" - e saem por uma rota que percorre cidades em todo o todo o país e aproximadamente 860

Desde 2008, quando a Irlanda começou a sentir os efeitos da crise financeira internacional, Gustavo já viu suas vendas caírem 50%. Para manter o negócio, diz ele, usou o que chama de "flexibilidade" de brasileiro: além da entrega de comida, aproveita o trajeto do veículo fazer serviços de transferência bancária, oferecer cupons promocionais e até vender consórcio para carro, a ser contemplado por aqui. Planeja, para breve, vender também consórcios de imóveis.

"Não me importo de me adaptar e até fazer cortes se a situação pede. O irlandês não está acostumado a isso porque não tem a vida que a gente tem aí no Brasil, a instabilidade. Aqui é impressionante o tanto que o governo ajuda os irlandeses", opina o ex-metalúrgico, que chegou com a esposa ao país em 2006 - sem visto e sem falar inglês - para trabalhar como pintor. Hoje tem passaporte italiano e nenhum plano de ir embora. "Para quem já se estabilizou por aqui, ainda vale a pena ficar", diz.

Seus clientes, na maioria, são famílias brasileiras com pouca qualificação profissional que deixaram a terra natal para trabalhar em subempregos tradicionalmente rejeitados pelos irlandeses: dessossadores em frigoríficos, operários de construção civil, realizadores de pequenos serviços. A estimativa do Ministério das Relações Exteriores é de que, em 2009, 15 mil brasileiros estavam na Irlanda. Goiás liderou o movimento: muitos trabalhadores do estado chegaram à ilha nos últimos anos para trabalhar em frigoríficos e na construção civil.

Foi o caso de Waldeir Ferreira dos Santos, 31 anos, que volta definitivamente para Anápolis (GO) neste sábado (20), depois de quase sete anos morando em Ennis. Desde então, ele passou o tempo trabalhando muito e até arrumou uma noiva, também goiana, que volta com ele. O desânimo com o sonho irlandês veio depois que a construtora em que trabalhava faliu, há um ano e meio. Sem emprego fixo, passou a ajudar Gustavo nas entregas.

"Quando eu comecei a trabalhar com ele (na van) eu já estava com plano de ir embora, a firma já tinha acabado, eu já tinha desanimado. Quando eu cheguei era muito bom: faltava mão de obra e tinha trabalho todo dia, nunca faltava oportunidade de receber 60 euros por dia", relembra.


  • Escassez de emprego


Hoje, com a economia irlandesa retraída, a realidade é bem diferente. Apenas em 2010, 1,1 mil empresas fecharam suas portas. Em apenas cinco anos, a taxa de desemprego passou de 3% para 13,5%. Uma em cada três pessoas com menos de 30 anos está desempregada.


Resultado: vagas antes desprezadas por irlandeses passam a ser consideradas alternativas de trabalho - já que a tendência é que a Irlanda corte cada vez mais os benefícios "polpudos" tradicionais no país, como seguro-desemprego, como parte dos cortes fiscais que precisará fazer para sanear a economia.

"Às vezes você está em uma roda entre amigos e encontra um irlandês que está desempregado e você, brasileiro, empregado. Não é legal você abordar esse assunto, fica um clima chato", conta Thiago Silva, que trabalha em Dublin há dois anos como assistente de cozinha.

"Tem duas moças irlandesas que começaram a trabalhar comigo como garçonete e isso é uma coisa diferente. Você começa a ver mais irlandeses nesse tipo de trabalho que não se via antes, em atendimento, loja de roupa, caixa", diz Silva, que já teve redução nas horas de trabalho semanais por conta da queda na demanda.

A partir de janeiro, passam a valer novas regras de imigração: matriculados em cursos de inglês poderão ficar por um limite máximo de três anos. Ficar mais só fazendo cursos de graduação, que são bem menos acessíveis: não custam menos de 20 mil euros por ano.

"Antigamente fazendo curso você podia ficar o tempo que quisesse", diz o publicitário paulista Heitor Bonfim, 27 anos, que faz mestrado em Dublin desde abril deste ano e trabalha 20 horas por semana como chefe de cozinha. "Conheço muita gente que está voltando, não sei se por causa da crise, mas porque as regras da imigração vão apertar", diz.

A desvalorização imobiliária e o excesso de imóveis vazios, decorrentes da crise, tiveram impacto positivo em seu custo de vida. "Eu mudei recentemente para um apartamento bem maior e melhor localizado, pelo preço de um bem pior", diz.


  • Mudança de perfil


Não significa, no entanto, que brasileiros estejam banidos das terras irlandesas. Acabou-se, no entanto, o tempo do subemprego farto.

"Isso afeta muito os brasileiros porque a maioria é informal. É compreensível, porque o país quer ajudar os irlandeses e não as pessoas de fora. Não deixo de dar razão para o próprio irlandês. Tem muito irlandês falido", diz Gustavo, da Brasil na Van.

"Hoje não dá para eu pensar em trazer um parente amigo que não fale inglês e tentar arrumar um emprego. Precisa falar bem e dirigir. No passado, o empresário dirigia 60 km para buscar alguém para trabalhar que não abrisse a boca para falar uma palavra em inglês o ano inteiro", afirma Roberto Camargo da Silva, que lidera comunidade brasileira da Irlanda e paga faculdade para o filho mais velho, que estuda engenharia aeronáutica na Universidade de Limerick.

Para John O'Reilly, irlandês aposentado aficcionado pelo Brasil e que há anos presta serviço voluntário de orientação à comunidade brasileira, o bom momento econômico do Brasil faz com que a Irlanda deseje atrair brasileiros dispostos a gastar dinheiro no país. "Quem veio para cá com intenção de se manter com emprego, sem dinheiro no bolso ou no banco, pode enfrentar dificuldade. Mas o país busca jovens para estudar e fazer graduação aqui, já que agora o Brasil que é rico", diz O'Reilly.



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sábado, 20 de novembro de 2010

Hora de trocar o Reino Unido pelo Brasil?


Hora de trocar o Reino Unido pelo Brasil?

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Após crise, 'pequeno Brasil' na Irlanda tem 50% menos brasileiros
Mesmo com a crise, Gisele não quer 'trocar o certo pelo duvidoso'

O agravamento da crise econômica na Irlanda está interrompendo os planos de brasileiros que escolheram o chamado "Tigre Celta" como destino de imigração.

A crise, que começou a atingir o país em 2008, vem afetando principalmente os imigrantes ilegais, segundo Parkieson de Castro, da Embaixada brasileira em Dublin.

"Quem está em situação ilegal, que veio procurando emprego mas não encontra, está fazendo o caminho de volta. Já as pessoas estabelecidas aqui, com esposas ou maridos irlandeses, tendem a ficar, a não ser que surja uma boa oportunidade no Brasil", diz.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima que há aproximadamente 20 mil brasileiros vivendo na Irlanda.

A embaixada não tem estatísticas oficiais do numero de brasileiros retornando para casa.

Mas as estimativas apontam que em Gort, a cidade que um dia ficou conhecida como o "pequeno Brasil" na Irlanda, mais de 50% população de brasileiros já retornaram para o país natal desde o início da crise.

No auge do boom irlandês, quase metade da população de Gort era formada por brasileiros. Agora, de acordo com o sociólogo Frank Murray, as ruas e casas vazias são sinais claros do êxodo brasileiro.

Se antes a população brasileira em Gort chegava a quase 2 mil, as estimativas são de que agora esse número caiu pela metade.

A estatística só não caiu mais porque Gort ainda continua a receber brasileiros que antes viviam em outras regiões da Irlanda onde a política para imigrantes está ficando mais restrita.

"A dificuldade é que muitos brasileiros não têm documentos e, diferentemente dos irlandeses, não têm direito a benefícios sociais e assistência financeira se ficarem desempregados", diz Murray.

Frigorífico que atraiu brasileiros hoje é um galpão abandonado

"Os brasileiros estão entendendo que as coisas não vão melhorar aqui, e é o mesmo para todos os imigrantes. Muitos poloneses também foram embora. A ficha esta caindo e eles estão percebendo que têm de voltar, porque aqui não existem mais condições."

Abandono

Um frigorífico que empregava muitos brasileiros no passado é agora apenas um prédio abandonado. No muro da construção, ainda restam as placas escritas em inglês e português.

A única loja de produtos alimentícios brasileiros que ainda mantém as portas abertas vende hoje 40% a menos do que já chegou a negociar.

Gislene é uma das poucas funcionarias que ainda trabalha na loja. Na Irlanda há três anos, ela lembra que nos bons tempos o estabelecimento chegou a ter quatro funcionários, além da dona. Hoje, só sobraram duas empregadas.

Mesmo com os sinais da crise e o declínio no volume de trabalho, Gislene mantém uma atitude otimista em relacão à Irlanda e diz que pretende ficar no país enquanto tiver trabalho. "Para que a gente vai largar o certo pelo duvidoso?", questiona Gislene.

Ela acredita que muitos dos brasileiros que estão indo embora já atingiram os seus objetivos. Ela acha que os que não conseguiram fazer o pé-de-meia e estão retornando ao Brasil com a esperança de uma situação melhor podem se decepcionar.

"Já ouvi falar que o Brasil está bom, que o Brasil melhorou, que está bom de emprego. Mas muitas pessoas estão esquecendo que o Brasil é bom para quem tem escolaridade, porque hoje em dia até para trabalhar de auxiliar de limpeza você precisa de estudo", diz.

"A maioria das pessoas que estão aqui não tem um alto nível de escolaridade, então eu acho melhor ficar e desenvolver o inglês para, quando for embora, ir com uma garantia de um objetivo melhor no Brasil."

Placa bilíngue mostra como o português se tornou comum na Irlanda

Crise

A Irlanda é um dos países mais afetados pela crise econômica na Europa. Após um período de elevado ritmo de crescimento econômico, o país foi do boom ao desastre financeiro em um espaço de apenas três anos.

Desde 2008, o preço dos imóveis caiu entre 50% e 60% e os recursos para ajudar o sistema bancário são estimados em 45 bilhões de euros (mais de R$ 100 bilhões).

A União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estão negociando um pacote de ajuda que pode chegar a US$ 110 bilhões, mas o governo tem relutado em aceitar o dinheiro.

Entretanto, o ministro irlandês das Finanças, Brian Lenihan, admitiu que o país vai precisar de ajuda externa para resolver sua grave crise fiscal e a alta dívida dos bancos.

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Estudantes em Londres protestam contra aumento de taxas em universidades

Anuidade poderá ser triplicada; protesto reuniu 45 mil pessas e houve confronto com a polícia

Milhares de estudantes e professores participam nesta quarta-feira de um protesto no centro de Londres contra um projeto que pode triplicar o preço das anuidades das universidades e cortar subsídios universitários na Inglaterra.

Segundo a União Nacional de Estudantes do país, 45 mil pessoas participam das manifestações.

Alguns manifestantes invadiram a sede do Partido Conservador - que assumiu o poder em maio na Grã-Bretanha -, puseram fogo em cartazes diante do local e entraram em confronto com a polícia, segundo relatos de repórteres da BBC no local. Em outras partes da cidade, a marcha corria de forma pacífica.

O plano governamental é cortar o orçamento para a educação superior em até 40%, e eliminar as bolsas para professores, salvo as de ciência e matemática. Outros custos devem passar a ser financiados pelo aumento nas anuidades, que seriam elevadas a partir de 2012.

O piso das anuidades passaria de 3.290 libras (R$ 8,9 mil) para 6 mil libras, e algumas universidades poderiam cobrar até 9 mil libras em "circunstâncias excepcionais" - se oferecem, por exemplo, bolsas e programas que incentivassem estudantes mais pobres a cursá-las. Segundo autoridades, o novo sistema é mais "justo".

'Hipocrisia'

O vice-premiê britânico, Nick Clegg, foi acusado no Parlamento de hipocrisia, já que, na campanha eleitoral, seu partido (Liberal Democrata, da coalizão governista) se opôs aos aumentos nas anuidades.

Clegg argumentou que os trabalhistas, agora na oposição, é que não criaram uma política de subsídios para as universidades.

Aaron Porter, presidente da união de estudantes, queixou-se que "o governo está pedindo aos estudantes que paguem três vezes mais por uma qualidade (de ensino) que provavelmente não será melhor e, talvez, pior".

Ele disse que sua organização fará um abaixo-assinado pedindo uma eleição extraordinária para os cargos dos parlamentares que, durante a campanha, se opuseram aos aumentos nas anuidades e que agora estão defendendo a elevação da taxa.

No entanto, não existem leis atualmente que regularizem esses "recalls" parlamentares.

Ajuda aos 'mais pobres'

O ministro de Universidades, David Willetts, defendeu o novo sistema de taxas, argumentando que ele será mais justo que o atual e que ajudará os estudantes mais pobres, já que o governo lhes emprestará o dinheiro da anuidade.

Os estudantes não teriam que pagar nenhuma taxa inicialmente - o empréstimo de anuidade poderia ser quitado quando os formandos já estivessem ganhando um salário anual a partir de 21 mil libras, conta o ministro.

"Estamos colocando poder nas mãos dos estudantes", disse Willetts.

"O dinheiro irá para onde eles escolherem, mas eles só terão de devolvê-los quando se formarem e estiverem em empregos bem pagos. Espero que, no final disso, tenhamos um sistema universitário melhor do que o atual."




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Brasileira é cotada para fazer vestido de casamento real britânico

Segundo mídia britânica, carioca Daniela Issa Helayel, (Brasileira radicada em Londres), é estilista favorita de Kate Middleton.

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Kate Middleton foi fotografada recentemente com vestido Issa

A estilista brasileira Daniela Issa Helayel é uma das mais cotadas para fazer o vestido de Kate Middleton em seu casamento com o príncipe William, anunciado nesta terça-feira pela família real britânica.

Segundo a mídia britânica, a carioca Helayel, radicada em Londres, é a estilista preferida da futura princesa.

Middleton, de 28 anos, é vista com frequência com vestidos da grife Issa, mantida pela brasileira no bairro londrino de Chelsea.

Em uma das últimas aparições públicas do casal, Middleton foi fotografada com um modelo de Issa no casamento de um amigo do príncipe William, no final do mês passado.

No site da grife, a futura princesa é listada como uma das admiradoras dos modelos da marca, ao lado de nomes como Madonna, Jennifer Lopez e Keira Knightley.

Consultada pela BBC Brasil sobre os rumores em relação ao vestido de casamento de Kate Middleton, uma assessora de imprensa da grife afirmou que não poderia se pronunciar porque "não há nada confirmado ainda".

Para alimentar os rumores, o jornal The Daily Mail afirma que a Issa começou recentemente a fazer vestidos de casamento.

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Revista Digital Fasano UK - Conteudo que interessa!

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O golpe do emprego falso

Eu já fiz aqui um par de comentários sobre o golpe do emprego falso. Aquele em que uma agência garimpa currículos em sites de emprego, liga para um inocente candidato oferecendo uma vaga excelente e praticamente certa, convida o incauto para uma entrevista, cobra uma taxa antecipada e depois... Bom, depois nada mais acontece. As vítimas tentam reaver o dinheiro, mas esbarram no fato de que não havia um contrato assinado garantindo um emprego.

Mas esta semana eu recebi uma reconfortante mensagem de um ouvinte que foi enganado, mas não desistiu da briga.

Tudo começou quando ele recebeu uma ligação de uma dessas "agências espertas" em abril de 2008. Ele foi enrolado e pagou 600 reais antecipados. Ao perceber que tinha caído no golpe do emprego, ele começou uma via sacra impressionante. Ele mesmo conta:

"Primeiro", diz ele, "recorri ao Ministério Público, mas fui informado de que não teria direito a um defensor público gratuito, por minha renda estar acima do limite mínimo. Em seguida procurei três advogados, mas nenhum quis aceitar a causa, porque, segundo eles, o valor envolvido, de 600 reais, era muito baixo. Aí fui ao Procon, que após analisar a papelada que levei, chegou à conclusão de que eu não tinha provas suficientes para mover uma ação. Mesmo assim não desisti. Fui a uma delegacia de polícia e registrei um boletim de ocorrência por estelionato.

Sete meses depois, finalmente, a agência entrou em contato comigo para propor um acordo. Não aceitei e deixei o processo correr. Passaram-se mais seis meses e recebi uma intimação para ir depor na delegacia. Imagino que a agência também tenha sido intimada a depor, porque apenas alguns dias depois, o valor corrigido foi depositado em minha conta corrente. Levei mais de dois anos para reaver o meu dinheiro, mas consegui."

Bom, em primeiro lugar, parabéns ao ouvinte pela persistência.

Em segundo lugar, fica a dica para outros ouvintes que eventualmente forem vítimas do golpe de emprego: ir direto a uma delegacia e registrar uma queixa por estelionato. Quanto mais gente adotar essa medida, qualquer que seja o valor envolvido, ou o tempo para reaver o dinheiro, mais acuadas as agências picaretas ficarão.

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Revista Digital Fasano UK - Conteudo que interessa!

'Estou há sete anos na mesma função e meu pedido de promoção não foi aceito'

"Tenho 29 anos e estou há sete anos executando a mesma função", escreve um leitor. "Entrei nesta empresa como assistente e continuo como assistente. Como meu trabalho sempre foi elogiado por meu chefe, eu aproveitei um momento em que ele estava de bom astral para perguntar sobre uma possível promoção. Para minha surpresa, meu chefe mudou de humor e me perguntou se eu estava insatisfeito. Eu respondi que não. Ele me perguntou se eu gostava da empresa e eu respondi que sim. E aí, ele me falou que eu poderia ficar tranqüilo porque eu estava no lugar certo, fazendo a coisa certa. Não sei bem o que isso significa. Você poderia me esclarecer?"



Sim. Seu chefe lhe disse que você não perderá o emprego, mas não será promovido. Na avaliação dele, você tem competência para fazer o que faz, mas não para assumir uma posição de chefia.

Você certamente dirá que eu posso estar equivocado em minha análise. Ou, caso eu não esteja, o seu chefe é que está, porque você reúne todas as condições para ser promovido. Realmente, isso também pode ser verdade. Há muitos chefes que apreciam ter um bom funcionário que faz tudo direitinho, que levou sete anos para pedir uma oportunidade, e que provavelmente levará mais sete anos para pedir outra.

Então, se a minha primeira análise estiver certa, o seu chefe está protegendo você. Se você estiver certo, o seu chefe está prejudicando o seu desenvolvimento porque isso é cômodo para ele.

Como descobrir quem está certo? Fazendo entrevistas em outras empresas. Digamos que você consiga uma boa proposta de outra empresa. Você poderia usá-la para discutir a sua situação com seu chefe numa posição mais fortalecida. Digamos que você não consiga nenhuma proposta, nem mesmo para ganhar o que você ganha atualmente. Aí, você deveria ter outro tipo de conversa com seu chefe, e perguntar a ele, o que lhe falta para você merecer uma promoção, e procurar melhorar nos pontos que ele mencionar.

Mas não seria melhor ter essa conversa sem precisar fazer as entrevistas?

Não. Porque aí, seu chefe voltaria a lhe perguntar se você está insatisfeito e se gosta da empresa. É o resultado das entrevistas que lhe mostrará o seu verdadeiro potencial e lhe indicará o tom que você deve adotar ao conversar com seu chefe.

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'Tenho temperamento explosivo e já perdi dois empregos por isso'

"Meu problema é simples de relatar e difícil de resolver", escreve um ouvinte. "Eu tenho um temperamento explosivo. Reajo muito rapidamente a qualquer situação que não me agrada, subo o tom da voz, e quando eu entro numa discussão, não sei parar. Já perdi dois empregos por causa disso, mas não aprendi a me controlar porque sou assim desde criança. Alguma dica?"

Sim. Consulte um psiquiatra.

Nesse exato instante, você deve estar esbravejando sozinho por ter recebido uma sugestão tão sem sentido. Essa seria a reação típica de quem tem temperamento explosivo. A pessoa primeiro reage e depois pensa.

Para o seu conforto, informo que existem empresas que apreciam profissionais com o seu temperamento. São empresas nas quais a competição interna é tremendamente acirrada, e cada um tem seus objetivos para cumprir, sem se preocupar com os demais.

Já em empresas nas quais o relacionamento é, digamos, mais civilizado, você só arrumaria encrencas. Após algumas explosões, você começaria a ser evitado pelos colegas. E como você já sentiu duas vezes na pele, ninguém sobrevive isolado.

Uma vez eu convivi com um profissional como você. Ele explodia e meia hora depois vinha pedir desculpas. Daí a pouco, explodia de novo e novamente se desculpava. Era um profissional que trazia resultados mais do que satisfatórios, mas que acabou sendo demitido porque gerava um clima incompatível com o que a empresa pregava em termos de cordialidade e respeito. Ao sair, ele ficou muito bravo, evidentemente, mas reiterou que não iria mudar o comportamento, porque ele era o que era.

Eu acredito que você pense da mesma maneira. Você não se sentiria bem, fingindo ser o que não é. Por isso, o mais sensato seria você procurar uma empresa adequada à sua personalidade. Nas próximas entrevistas, deixe bem claro que você é um trator, e que vai correr atrás do resultado, mesmo que tenha que atropelar todo mundo a sua volta. Se você não for contratado, isso significa que a empresa não aprecia esse estilo. Se for, você terá encontrado uma empresa que valoriza os temperamentais e explosivos.

O único senão é que nela você irá encontrar gente igualzinha a você, ou ainda mais explosiva e mais temperamental que você. Aí é uma questão de ver quem grita antes e quem grita mais alto. Pela descrição que você fez de si mesmo, as suas chances de se destacar na barulheira serão altissonantes.

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'Tento explicar que tenho filhos, mas entrevistadores não me dão atenção'

Pela primeira vez após onze anos", escreve uma leitora, "estou procurando emprego e venho fazendo entrevistas, até agora sem sucesso. Tenho escolaridade e experiência para competir pelas vagas a que me candidato, mas tenho também uma situação pessoal que tento explicar aos entrevistadores. Sou mãe de dois filhos pequenos e preciso dar atenção a eles. Mas percebo que os entrevistadores não estão interessados em me ouvir. Já fui cortada várias vezes antes de terminar minhas explicações. É isso mesmo? O mercado de trabalho se tornou insensível?"

Bom, pelo contrário, eu acredito que o mercado tenha se tornado mais sensível nas últimas duas décadas. Mas vamos tentar entender as diferenças entre sensibilidade e praticidade.

Uma empresa abre uma vaga. E sai procurando candidatos adequados a ela. Nas entrevistas, cada candidato passa por uma bateria de perguntas de interesse da empresa, até o entrevistador se sentir satisfeito e poder decidir quem será o o escolhido. Do outro lado da mesa estão os candidatos, e cada um deles tem algum tipo de situação peculiar. Ou familiar, no caso da nossa ouvinte, ou de tempo para estudar, como é o caso de muitos jovens.

A nossa ouvinte pode, e deve, perguntar ao entrevistador qual é o procedimento da empresa em relação a horas extras, ou a saídas ocasionais durante o expediente, ou a ligações particulares no trabalho. Nenhum entrevistador que conheço se recusaria a responder qual é a política da empresa. A partir das respostas que ouviu, o candidato pode decidir se aquela empresa é adequada ao que ele procura.

A coisa muda de figura quando um candidato começa a relatar uma situação pessoal, esperando que a empresa considere mudar seus procedimentos, para acomodar um caso individual. Empresas médias e grandes não fazem isso, porque a única maneira de manter um ambiente estabilizado é deixando claro o que pode e o que não pode. Por exemplo, uma empresa pode ter uma norma de horário flexível para todos os funcionários. Mas, se não tem, não irá criar uma norma para um só.

A minha sugestão é que a ouvinte direcione a sua busca para empresas menores. E principalmente as familiares. Elas tendem a ser mais receptivas a questões pessoais, porque têm menos empregados e porque o dono pode mudar as regras sem precisar consultar ninguém.

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Chanceler britânico pede entrada do Brasil no Conselho da ONU



No primeiro discurso de um chanceler britânico dedicado inteiramente à América Latina em 200 anos, o ministro William Hague defendeu nesta terça-feira, 9, a entrada do Brasil no Conselho de Segurança (CS) da ONU e o fim da "negligência" nas relações entre a Grã-Bretanha e os países latino-americanos.

"Vamos interromper o declínio da presença diplomática britânica na América Latina", disse Hague em discurso na Canning House, centro de estudos das relações entre britânicos, hispânicos e luso-brasileiros, em Londres.

O chanceler afirmou que a Grã-Bretanha "continuará a pedir por uma reforma na ONU, incluindo a expansão do Conselho de Segurança com o Brasil como membro permanente". É uma questão, segundo Hague, de "legitimidade e equilíbrio" mundial de poder.

O Brasil é atualmente membro rotativo do CS, e a vaga permanente é uma reivindicação antiga do país.

Os membros permanentes - com poder de veto sobre as resoluções que tramitam no conselho -são EUA, Grã-Bretanha, França, China e Rússia. Países emergentes reivindicam uma reforma, alegando que o CS não representa mais a distribuição de poder econômico e geopolítico do mundo atual.

No entanto, a reforma no CS não é um consenso, e sua concretização pode levar anos. Sendo assim, a fala do chanceler britânico é sobretudo um gesto diplomático, semelhante ao feito por Barack Obama, na segunda-feira, em Nova Déli, quando defendeu a entrada da Índia no CS.

'Nova forma'

Hague disse que é "hora de pensar uma nova forma sobre a América Latina e sobre as oportunidades de cooperação política, comércio e investimentos" com a região.

O chanceler afirmou que a Grã-Bretanha tem um histórico de "subestimar" o continente latino, mas que isso vai mudar na atual administração - formada por uma coalizão entre conservadores e liberais-democratas e que assumiu o poder em maio.

Ressaltou, no entanto, que a Grã-Bretanha não mudará "sua posição" quanto às ilhas Falkland (ou Malvinas) - cuja soberania é disputada com a Argentina -, sem deixar que o tema seja um "obstáculo" para a cooperação com os latino-americanos.

Num momento em que a Grã-Bretanha enfrenta um grande déficit público e aplica duras medidas de austeridade, o chanceler citou o interesse em aumentar as exportações britânicas à América Latina, que atualmente são três vezes menores do que as exportações britânicas à Irlanda, disse ele.

Como exemplo de avanços, Hague citou a missão de empresários liderada pelo secretário de Negócios, Vince Cable, que veio ao Brasil em agosto. E falou do esforço em firmar acordos comerciais para "modernizar" a Marinha brasileira.


O repórter da BBC Mundo Arturo Wallace, que acompanhou o discurso e a entrevista do chanceler nesta terça, relata que Hague parabenizou o Brasil e a presidente eleita Dilma Rousseff pelas recentes eleições, citou o Bolsa Família entre um dos "modelos" de política social implementados na região e disse que há espaço para cooperação entre Brasil e Grã-Bretanha nos Jogos Olímpicos (Londres será a sede em 2012; o Rio de Janeiro, em 2016).

Em entrevista em julho, Hague havia incluído o Brasil entre as prioridades do novo governo britânico em política externa, alegando que a Grã-Bretanha precisa aumentar "sua influência e seu alcance global" num momento em que "o poder econômico e as oportunidades econômicas estão se movendo para os países do Leste e do Sul".



terça-feira, 9 de novembro de 2010

crescer sem acabar com seu patrimonio


Eliminar a dívida envolve três etapas:

1. Pare de adquirir novas dívidas.
2. Estabeleça um fundo de emergência.
3. Implemente o método bola de neve.

Veja como abordar cada passo.

Pare de adquirir novas dívidas
(Este passo pode ser feito numa tarde)

Isto pode parecer evidente, mas a razão pela qual a sua dívida está fora de controlo é que você continua a aumentá-la. Pare de comprar a crédito. Recorte o seu cartão de crédito!
A última pode ser dificil. Não crie desculpas. Pare de pensar que precisa deles.

  • Você não precisa do cartão de crédito para ter segurança.
  • Você não precisa do cartão de crédito para conveniência.
  • Você não precisa do cartão de crédito para ganhar pontos.

Você não precisa de cartões de crédito em nenhuma situação. Se estiver em divida, os cartões de crédito são uma armadilha. Eles só o irão deixar mais endividado. Mais tarde, quando as dívidas acabarem e as suas finanças estiverem controladas, talvez então possa arranjar um cartão de crédito.

Depois de destruir o seu cartão, suspenda todos os pagamentos recorrentes. Se vai ao ginásio, cancele-o. Se renova automaticamente a conta do seu World of Warcraft, termine-o.

Cancele tudo o que sai automaticamente do seu cartão de crédito. Deixe de usar crédito. Assim que tiver feito isso, ligue para todas as empresas de crédito ao consumo. Não cancele o seu cartão (excepto para aqueles com um saldo nulo). Em vez disso, peça um acordo melhor. Encontre uma oferta on-line e utilize-a como moeda de negociação.

O seu banco pode não querer competir com ofertas concorrentes, mas provavelmente vai querer. Não custa tentar.

Estabelecer um fundo de emergência
(Esta etapa vai levar vários meses)

Para alguns, isso é contra-senso. Porquê poupar antes de pagar as dívidas?

Porque se não poupar em primeiro lugar, não vai ser capaz de fazer face a despesas imprevistas. Não diga a si mesmo que pode manter um cartão de crédito só para emergências. Destrua o seu cartão de crédito e poupe dinheiro para emergências.

Quanto deve você poupar? Idealmente, você deve ter 1000€ para começar. Este dinheiro é apenas para emergências. Não é para cerveja. Não é para sapatos. Não é para uma Playstation 3. Destina-se a ser utilizado caso haja algum percalço

Mantenha esse dinheiro líquido, mas não imediatamente acessível. Não amarre o seu fundo de emergência a um cartão de débito. Não sabote os seus esforços tornando mais fácil gastar em coisas superficiais. Considere a abertura de uma conta poupança online.

Quando surge uma situação de emergência, pode facilmente transferir o dinheiro para a sua conta corrente. Ela vai estar lá quando precisar, mas não deverá ser capaz de utilizá-la espontâneamente.

Implementar o modelo bola de neve
(Essa etapa pode exigir vários anos)

Depois de ter deixado de utilizar o crédito, e depois de poupar num fundo de emergência, então ataque a dívida existente. Com vigor. Atire com tudo o tem.

Muitas pessoas dizem que se devem pagar as dívidas com elevado juro em primeiro lugar. Não há dúvida de que isto faz mais sentido matematicamente. Mas se o dinheiro fosse apenas uma questão matemática, não teria a dívida em primeiro lugar. O dinheiro é tanto de emoção e psicologia, como de matemática.

Há várias abordagens para a eliminação da dívida. Psicologicamente, utilizar o modelo bola de neve oferece grandes retornos, que pode usar para reduzir ainda mais a dívida.

Faça o seguinte:

  1. Ordene as dívidas do menor para o maior.
  2. Reserve uma certa quantia para pagar as dívidas todos os meses.
  3. Pague o mínimo obrigatório em todas as dívidas com excepção para o de menor saldo.
  4. Pague tudo o que tem na dívida com o menor saldo.
  5. Quando essa dívida estiver paga, não altere a quantia mensal utilizada, mas passe a pagar tudo na dívida seguinte com menor saldo.

Leva algum tempo para amortizar todas as dívidas, mas pode ver os resultados quase imediatamente.

Soluções suplementares

Você pode fazer outras coisas para melhorar a sua situação financeira enquanto estiver trabalhando nestas três etapas.

Em primeiro lugar, foque-se na equação fundamental das finanças pessoais: para pagar as dívidas, poupar dinheiro, ou acumular riqueza, é preciso gastar menos do que ganha.
Mude o tipo de despesas. Reaprenda hábitos frugais.

Enquanto você trabalha para gastar menos, faça o que puder para aumentar o seu rendimento. Se possível, venda algumas das coisas que comprou quando estava endividado. Tenha um segundo emprego. (Mas não negligencie os estudos, só para ir ganhar mais. Os seus estudos são mais importantes.)

Por fim, vá à sua biblioteca local e peça emprestado Dave Ramsey’s The Total Money Makeover. É um fantástico guia de como ficar sem dívida e desenvolver bons hábitos financeiros. Depois de terminar, devolva-o e peça emprestado outro livro sobre dinheiro.

A coisa mais importante é começar já. Não comece amanhã. Não comece na próxima semana. Comece agora a atacar a sua dívida. Quando for mais velho irá agradecer.











sábado, 6 de novembro de 2010

Sete sinais de que você está na empresa errada



Sete sinais de que você está na empresa errada

Para quem desconfia que está na empresa errada, aqui vão os sete sinais de que está na hora de reavaliar a situação profissional, antes que seja tarde.

Primeiro sinal: você está fazendo um trabalho abaixo de sua capacidade ou abaixo de sua formação. Não há desafios e a rotina faz com que todos os dias pareçam iguais.

Segundo: seus colegas de trabalho vivem formando grupinhos e você é sempre excluído deles. Quando três ou quatro colegas começam a cochichar, você fica com a impressão de que eles estão falando de você.

Terceiro: seu chefe não reconhe suas habilidades. Se você faz alguma coisa bem feita, ele não elogia. Se você propõe algo novo, ele não escuta. Se você sugere alguma mudança, ele diz que vai pensar e nunca mais volta ao assunto.

Quarto: você trabalha em um setor que tem pouca visibilidade ou pouca importância dentro da empresa. Tudo o que acontece de novo ou de bom, acontece nas outras áreas.

Quinto: você trabalha em uma empresa que não parece preocupada com o futuro. Sua impressão é a de que o plano estratégico de sua empresa só tem um frase: vamos deixar tudo como está.

Sexto: você ganha menos do que merece.

E sétimo: seus amigos que trabalham em outras empresas sempre têm boas histórias para contar. Parece que eles se divertem trabalhando. Por isso, toda vez que um papo deriva para o tema "trabalho", você imediatamente tenta mudar de assunto.

É altamente provável que qualquer profissional consiga enxergar 2 desses 7 sinais na empresa em que trabalha. E um deles,invariavelmente, será o salário. Isso é positivo, porque mostra que o profissional não se acomodou.

Quem enxerga entre 3 e 5 desses sinais no trabalho atual, não precisa se desesperar. Isso quer dizer que há outras empresas melhores no mercado. E que partir para outra opção será mais proveitoso para a carreira do que ficar se torturando ou sendo torturado.

Mas quem encontrou entre 6 e 7 sinais, precisa parar, refletir com muito cuidado e reavaliar o julgamento que está fazendo. Porque nesse caso existe uma enorme chance de que o problema esteja na própria pessoa e não na empresa.



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Salário mais baixo em empresa de grande porte pode ser investimento na carreira


Salário mais baixo em empresa de grande porte pode ser investimento na carreira



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"Tenho 23 anos e estou avaliando duas propostas de emprego", escreve um felizardo leitor. "Uma é de uma empresa de pequeno porte, praticamente desconhecida no mercado, mas bastante sólida. E a outra é de uma empresa muito famosa, que tem milhares de empregados. As funções numa e na outra seriam equivalentes, mas para minha surpresa, na empresa grande o salário é mais baixo. Não tem alguma coisa errada nisso?"

Bom, em primeiro lugar, meus parabéns. Com tanta gente batalhando por um emprego, você conseguiu logo dois de uma vez. Mas vamos lá.

Como você deve saber, há uma diferença entre salário e compensação. Salário é o montante de dinheiro que você recebe no fim do mês, e que normalmente é um valor fixo. Compensação é o pacote que inclui, além do salário, os benefícios indiretos que a empresa oferece, e uma eventual remuneração variável por desempenho no final do ano, o chamado bônus.

É bem provável que ao fazer a conta pela remuneração e não pelo salário, você descubra que a diferença é menor do que parece.

Mas mesmo assim, como regra, empresas grandes, de fato, não pagam grandes salários para jovens em início de carreira. O primeiro motivo é a velha regra do mercado: empresas maiores atraem mais candidatos bem qualificados, e o preço cai porque há mais oferta do que demanda.

E o segundo motivo diz respeito ao status. Quem entra em uma empresa renomada, terá mais oportunidades futuras. Ou dentro da própria empresa, ou fora dela. De certa forma, os recém-contratados estão pagando para poder colocar no currículo, a grife de uma grande empresa. E por isso, a diferença salarial a menor pode ser considerada como um investimento.

A decisão do nosso ouvinte vai depender do que ele deseja para sua carreira. A empresa menor oferecerá mais estabilidade e menos oportunidades de grandes saltos. A empresa maior oferecerá mais oportunidades de crescimento, mas a concorrência por uma promoção será muito mais disputada. E a pressão no dia a dia, será muito maior.

Eu me arriscaria a dizer que a maioria dos nossos ouvintes optaria pela empresa maior. Porque é bem difícil que um jovem normal resista a uma boa grife.


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Como conseguir aumento de salário em caso de acúmulo de funções


Como conseguir aumento de salário em caso de acúmulo de funções

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O tema de hoje é aumento de salário. Escolhi a mensagem de um ouvinte, mas tenho recebido várias outras de teor bem semelhante. Ele escreve:

"Nos últimos meses, alegando que precisava cortar custos por causa da crise, minha empresa fez reduções de quadro e remanejamento interno de pessoal. Nesse processo, acabei acumulando as funções de dois outros colegas, que foram dispensados. Como resultado, estou trabalhando por três e ganhando por um, porque meu salário não mudou e a empresa não deu nenhum sinal de que poderá mudar.

Além disso, ninguém me disse o que acontecerá quando a crise terminar: posso voltar à minha condição anterior e não receber qualquer recompensa por meu esforço, ou permanecer na situação em que estou, ganhando menos do que mereço. Pergunto: como conseguir um aumento aproveitando que a empresa não pode ficar sem mim neste momento?"

O primeiro passo é o mais simples: chegar no superior imediato e perguntar se esse acúmulo de funções poderá, em algum momento, ter uma contrapartida financeira. A resposta mais provável será a de que ainda é cedo para discutir o assunto, porque a situação da empresa é difícil e o sacrifício de todos é necessário. Essa resposta parece vaga, mas não é. Ela significa que não haverá aumento, nem agora, nem depois.

O segundo passo é perguntar, se mesmo sem reajuste, a nova função poderia ser registrada na carteira profissional. Se a resposta também for negativa, isso quer dizer que a empresa pretende manter a situação presente quando a crise passar. Não são poucas as empresas que descobriram que seu quadro de pessoal estava meio inchado antes da crise, e que podem manter a produtividade com menos gente.

Considerando a pior hipótese, a de que as duas respostas sejam negativas, há duas opções. A primeira, blefar. Dizendo que vai pedir a conta. E a segunda, aproveitar a experiência como aprendizado para engordar o currículo. E depois, quando a crise abrandar, e as empresas voltarem a contratar, procurar outra empresa menos muquirana para trabalhar.

A segunda opção é a mais segura. A primeira, blefar, pode até funcionar, mas apenas se o ouvinte tiver absoluta certeza de que a empresa não pode mesmo ficar sem ele. Como no pôquer, ele estaria arriscando um all-in, e poderia ganhar muito ou perder tudo.

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Como o funcionário pode demonstrar que merece aumento de salário?



Como o funcionário pode demonstrar que merece aumento de salário?


Quero ganhar mais", escreve uma leitora. "Mas trabalho em um departamento que tem 40 funcionários e todos fazem o mesmo trabalho rotineiro. Como posso me destacar num ambiente desse tipo?"

Eu tinha um chefe que dizia: "se você precisa pedir um aumento, é porque não merece". Então, a questão é como um subordinado pode demonstrar que merece ganhar mais. E tudo começa na avaliação do próprio trabalho.

A nossa ouvinte está numa empresa que funciona através de processos padronizados. Nessas empresas, um funcionário recém-contratado aprende rapidamente a tarefa que irá executar. No fim do primeiro dia, ele já sabe o que irá fazer, como irá fazer, e como o seu desempenho será avaliado.

A possibilidade de um funcionário poder criar ou mudar alguma coisa, é praticamente nenhuma. Porque o processo está bem definido e não será alterado. E isso faz com que a substituição de qualquer funcionário seja instantânea. Um sai, outro entra no lugar de quem saiu, e a rotina segue em frente.

A conclusão não é lá muito alentadora. Quem não consegue mostrar que é diferente dos outros, ganhará um salário igual aos outros.

Porém, sempre tem alguém que se destaca. Pelo entusiasmo que demonstra ao executar uma tarefa sem grandes desafios intelectuais, pelo bom relacionamento, pelo humor estável ou pela disposição em ajudar a quem precisa de ajuda. Nada disso garante um aumento, mas poderá resultar numa promoção.

Aí vem a segunda parte da avaliação. Quantos colegas de nossa ouvinte foram promovidos nos últimos 2 anos? Se a resposta for nenhum, isso é uma clara indicação de que a chefia é mais assentada que as pirâmides do Egito, e que o futuro terá a mesma cara do presente.

Eu imagino que essa seja a situação de nossa ouvinte. Ela quer ganhar mais, mas a empresa não precisa pagar mais. Porque tem facilidade em contratar alguém, pagando o que já paga.

De modo geral, empresas só concedem um aumento quando percebem que podem perder um funcionário cuja substituição será complicada. E claramente, esse não é o caso da empresa da nossa ouvinte.

Como ela já decidiu que não quer ser só mais uma num bolo de 40, a nossa ouvinte precisa procurar, com calma, uma empresa que se pareça com ela. Uma empresa que não contrata qualquer um.

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'Sou elogiada, mas não recebo aumento de salário e nem sou promovida'


Sou elogiada, mas não recebo aumento de salário e nem sou promovida'


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"Eu vivo uma situação contraditória", escreve uma leitora. "Tenho 29 anos e estou há 5 anos em uma empresa de porte médio. Olhando a situação pelo lado bom, sou muito elogiada pela minha versatilidade, cubro férias de colegas e frequentemente sou requisitada para colaborar em tarefas que não fazem parte da minha função. Porém, agora olhando a situação pelo lado não tão bom, eu nunca recebi um aumento e nunca fui considerada para um promoção.

Por três vezes, perguntei para meu chefe se eu poderia ser transferida para outra área e ele me respondeu que 'nem pensar, porque sem eu, o nosso setor iria parar'. Então, tudo o que ouço me leva a crer que eu sou importante, mas eu não recebi qualquer recompensa financeira até agora, por mínima que fosse, por essa importância. Tem dias em que me sinto bem, e tem dias em que me sinto mal. Hoje não estou num bom dia, por isso decidi escrever. Não sei se você entendeu."

Entendi. Para seu chefe, você é importante, desde que você não queira demonstrar que pode ser tão ou mais importante em outro setor da empresa, e desde que você considere que seu salário atual está adequado à sua importância.

Há duas maneiras de analisar a sua situação. A primeira é a de que o seu chefe tem muita consideração por você, mas ele já percebeu que você atingiu o ponto máximo a que poderia chegar na carreira. Por isso, ele tenta manter você motivada com elogios, até exagerados. A segunda maneira é que você tem um chefe que sabe do seu potencial, mas faz o possível para manter você presa, porque seria difícil encontrar alguém para substituí-la.

Se você tem ou não, condições de conseguir um salário melhor, só há um modo de saber: é você sair à procura de outro emprego. Somente com uma proposta em mãos, você teria condições de barganhar a sua permanência.

E se você não conseguir uma proposta melhor? Aí pode ser que seu chefe esteja mesmo protegendo você. E se você conseguir? Aí, se você for mesmo importante, imediatamente receberá uma contra-proposta para não sair.

Qualquer que seja o motivo para seu salário ter ficado estacionado, o seu chefe está apostando que você não tomará a decisão de procurar outro emprego. Cabe a você aceitar ou não, essa aposta dele.

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'Fui promovida, mas acho que não merecia'



"Já ouvi você comentar diversas vezes casos de leitores que acreditam que merecem ser promovidos e não são.

O meu caso é o avesso. Eu acredito que não merecia ter sido promovida, e fui. A minha empresa criou um setor novo, e não sei bem porque, eu fui escolhida para ser a coordenadora.
Eu não entendo nada dessa área e nunca quis ter subordinados, porque não gosto de liderar. Prefiro fazer o meu trabalho bem feito, obedecer as ordens que recebo e ir para casa ao final do expediente, sem ter que levar comigo, as preocupações dos outros.

Hoje eu sei que deveria ter recusado a promoção, mas na hora o diretor que me comunicou o fato estava tão entusiasmado, que não tive coragem de dizer o que eu pensava. Agora me sinto deprimida por ter aceito algo que não pedi e não queria. O que eu faço?"

Bom, neste momento é provável que muitos ouvintes estejam pensando: "Oh, sua mal agradecida, peça a conta e me indique para o seu cargo." Mas vamos tentar entender o que houve.

Certamente você não foi promovida porque alguém botou os nomes de todos os funcionários numa caixa de papelão e sorteou um nome ao acaso. E nem foi escolhida porque alguém resolveu fazer a experiência de promover alguém que não queria ser promovido, só para ver o circo pegar fogo. Nada disso.

Você deve ter demonstrado pelo menos duas coisas para merecer a promoção: um trabalho muito bem executado e nenhum tipo de rejeição por parte de seus colegas e seus superiores. Só o fato de você ter sido aceita por seus subordinados, já demonstra que a sua escolha foi acertada, do ponto de vista da empresa.

Porém, eu concordo com você. Hoje se fala tanto em sucesso, que as empresas acreditam que todo e qualquer empregado quer ser promovido. Eu diria, sem medo de errar, que mais da metade não quer ser chefe de ninguém.

Se a nossa ouvinte recebeu um aumento pela promoção, ela não pode retornar à função anterior. Se a depressão dela aumentar, ela terá que procurar outro emprego. E aí, a empresa dela perderia não apenas uma coordenadora, mas uma ótima funcionária que estava feliz, fazendo o que fazia.

Fica a dica para as empresas que nos ouvem. É aconselhável perguntar antes. Para muita gente, promoção não é sinônimo de sucesso. É sinônimo de 20% de aumento de salário, com 100% de aumento de dor de cabeça.



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Sugestão de matéria. Quem saber mais sobre um determinado assunto? Envie um email para support@fasano.co.uk

'Tenho bons resultados, mas não sou promovido porque falo demais

Transcrição do comentário do M G sobre um leitor que fala demais. (Ele deveria saber que em empresas, quem fala pouco sempre é mais ouvido, e que o problema não é falar muito, mas falar demais).


'Tenho bons resultados, mas não sou promovida porque falo demais'

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"Meu problema é simples", escreve um leitor. "Eu falo demais. Isso é o que tem aparecido em minhas avaliações de desempenho. Por um lado, tenho conseguido superar todas as metas que me são passadas e sou muito elogiado por isso. Por outro lado, estou na mesma função já faz 6 anos, e vejo que colegas meus, com resultados piores que os meus, conseguiram promoções que eu poderia ter conseguido. E o motivo alegado por meus superiores é sempre o mesmo: o de que eu não seria um bom chefe porque eu falo demais. Não quero me justificar, mas gostaria de saber se isso não é uma desculpa que pode estar sendo usada por meus superiores, para me manter no lugar em que estou, só porque os meus resultados são bons."

Bom, se você fala tanto quanto escreve, os seus superiores provavelmente estão certos. A mensagem que você me enviou tinha 87 linhas, e eu tive que resumi-la para que eu tivesse espaço para responder. Em sua mensagem, você deu uma série de exemplos tanto irrelevantes quanto desnecessários, para que eu pudesse entender qual é o seu problema.

Eu lhe diria que você padece de ansiedade. Existem pessoas que quando ficam ansiosas, travam e não conseguem dizer nada. E existem outras que fazem o contrário, começam a falar destrambelhadamente, sem dar ao interlocutor a chance de interfeir na conversa.

Como você já percebeu, isso não afeta os resultados que você possa conseguir quando está calado e concentrado, mas interfere diretamente naquilo que se espera de um bom chefe: a capacidade de ouvir.

Num diálogo com um subordinado, um bom chefe faz as perguntas certas, escuta atentamente e aí dá a melhor orientação de forma bem sucinta. Não que não existam chefes que falem pelos cotovelos. Até existem, mas eles não fazem isso o tempo todo. Até os mais loquazes sabem que existem momentos em que o silêncio é o melhor conselheiro de carreira.

O nosso ouvinte só precisa controlar a ansiedade e entender que uma conversa não é um monólogo, e que os outros também podem ter algo interessante para dizer. E deve também entender que as intervenções alheias não prejudicam o raciocínio de quem fala, pelo contrário, ajudam a direcioná-lo melhor.

Como o nosso ouvinte disse lá no começo, o problema dele é simples. Simples de entender e simples de resolver.

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