terça-feira, 16 de agosto de 2011

Revoltas expõem miséria e crime nas periferias britânicas




Nos discursos políticos e na imprensa da Grã-Bretanha, um consenso informal consolidou-se na semana em que as periferias do país arderam em chamas: os quatro dias de mortes, saques e violência em Londres e em outras das principais cidades britânicas são frutos de criminalidade e nada mais.

Mas o argumento, usado à exaustão pelo primeiro-ministro conservador David Cameron, entra em choque com a constatação das ruas e das universidades.

Para habitantes e estudiosos de áreas "sensíveis", as revoltas trazem à tona a miséria de subúrbios britânicos como Tottenham, onde a criminalidade é recorde, assim como a desigualdade, o desemprego e a falta de perspectivas.

Durante a semana, o Estado mergulhou no cotidiano do ponto exato da periferia onde os distúrbios sociais explodiram na noite do sábado passado, dois dias após a morte de Mark Duggan, de 29 anos, em um confronto com a polícia, suspeita de uso excessivo da força.

O retrato, traçado com a ajuda dos próprios vândalos, de moradores e comerciantes de Tottenham, além de acadêmicos, não deixa dúvidas: situado a 14,5 km da opulência da Inner London, o centro urbano mais abastado da Europa, Tottenham é a síntese de uma Inglaterra minada por pobreza, discriminação e tensão constante com as forças de ordem.

Na principal avenida de Tottenham, o trânsito de veículos e pedestres seguia interrompido e a presença ostensiva de agentes da Scotland Yard garantia a segurança até o fim da semana. Mas nos prédios, lojas e veículos destruídos pelo fogo as marcas da cólera social são visíveis. Vivendo em um ginásio, várias das 27 famílias desabrigadas pelo incêndio criminoso do Carpet Right - edifício cujas imagens rodaram o mundo - ainda se mostram desorientadas com a violência do ataque. "Tive de fugir para não morrer. Todo o prédio foi destruído como em um filme catástrofe de Hollywood", descreveu o jornalista Lance Chinnian.

O pastor brasileiro Marcos Brito, de 38 anos, viu o vandalismo contra joalherias e lojas de eletrônicos e a destruição de casas. Ao filmar os distúrbios com um celular, no sábado, foi agredido por manifestantes e teve o aparelho destruído. "Foi muito violento", diz Brito. "Não posso pensar em ir embora, pois tenho o trabalho na igreja. Mas a comunidade brasileira - e não apenas ela - está muito assustada."

Se comunidades estrangeiras estão amedrontadas é porque um dos orgulhos britânicos, a política de "miscigenação urbana" não evitou a segregação, constatam sociólogos britânicos. Ao todo, 40% da população londrina é constituída por imigrantes, mas eles se concentram em maior número em regiões como Tottenham ou East End. Nesses bairros, impera a visão de que a polícia é racista e as autoridades dividem os imigrantes em guetos, sejam quais forem suas origens.

Em Tottenham, uma das regiões de maior diversidade étnica da Europa, mais de 300 línguas podem ser ouvidas pelas ruas - e o inglês é das mais raras. Descendentes de africanos e caribenhos são maioria, mas irlandeses, colombianos, albaneses, curdos, turcos, somalis, portugueses e brasileiros se misturam à paisagem urbana.

"Os eventos de Tottenham foram claramente resultado de tensões crescentes entre a polícia e a comunidade local, em parte por causa de raça e dos esforços da polícia em combater gangues criminosas", pondera o sociólogo Hugo Gorringe, especialista em periferias europeias da Universidade de Edimburgo.

Mas o pior elemento parece ser a sensação crescente de que nos subúrbios as chances de prosperar são mínimas, em contraste com a capital. Segundo estudo do Escritório Estatístico das Comunidades Europeias, a Inner London, o centro geográfico onde habitam 3 milhões de pessoas, a renda média chega a ? 96 mil ao ano, a mais elevada da Europa. Na Outer London, a periferia onde vivem 4,8 milhões de pessoas, a remuneração média cai para ? 30,6 mil.

Somados ativos financeiros, imóveis e bens pessoais, como automóveis, a média de riquezas dos 10% mais ricos é 97 vezes maior do que dos 10% mais pobres. A diferença só cresce há 30 anos, dos governos ultraliberais de Margaret Thatcher até o de Cameron, passando pelos trabalhistas Tony Blair e Gordon Brown.

A consequência é visível: a Grã-Bretanha é cada vez mais uma terra de desigualdade. "O pessoal aproveitou os distúrbios para roubar o que nunca consegue comprar", diz o traficante The Owl (mais informações nesta página), referindo-se a tevês LCD e celulares saqueados durante a revolta.

Em comum, os subúrbios de Londres, Liverpool, Birmingham e Manchester têm as estatísticas adversas. E, mais uma vez, Tottenham serve de exemplo negativo. Dados de junho indicam que o distrito sofre as maiores taxas de pobreza do país. O desemprego soma 8,3%, o dobro de Londres (4,2%) e entre os jovens com menos de 24 anos chega a 20%. É nesse cenário que a indústria do crime floresce. Além de uma gangue já histórica, a Manden, a cidade agora é dominada pela máfia turca, acusada de controlar 90% do tráfico de heroína do país. Na cidade, o crime virou um meio de sobrevivência. "Ninguém aqui precisa de emprego. Tem muitos modos de fazer dinheiro sem trabalhar, e Tottenham já entendeu isso", diz The Owl. Não por acaso, lembra, Mark Duggan era traficante.

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Ministro britânico quer fim de benefícios para autores de tumultos


As pessoas julgadas culpadas pelos recentes tumultos na Grã-Bretanha podem perder seus benefícios sociais, mesmo se escaparem de sentenças de prisão, disse nesta segunda-feira o ministro do Trabalho e Pensões do país, Iain Duncan Smith.

Atualmente, quem cumpre uma sentença de prisão perde os benefícios, mas não quem é condenado a serviços comunitários.

Duncan Smith disse preferir que, se o plano de cancelar os benefícios aos condenados for em frente, ele seja conduzido pelos tribunais, e não pelo governo.

"A primeira lição que você aprende é que, se você faz algo intencionalmente e isso é um crime, você precisa aceitar suas consequências", disse o ministro.

Divergências

As declarações do ministro ocorrem em meio a divergências ente os conservadores e os liberais-democratas (parceiros da coalizão governista) sobre despejar famílias de condenados pelos distúrbios se estas vivem em apartamentos subsidiados pelo governo.

No domingo, o vice-líder liberal-democrata, Simon Hughes, alertou contra reações impulsivas aos tumultos e falou da importância de não retirar "o apoio público aos necessitados".

A porta-voz do partido para o Bem-Estar Social, Jenny Willott, disse que a medida pode piorar ainda mais a situação dessas pessoas.

"Um problema óbvio seria se as pessoas não tiverem dinheiro e se voltarem mais para a criminalidade", disse.

Cameron

Perguntado sobre as declarações de Duncan Smith, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que este teria "seu apoio total".

O premiê anunciou nesta segunda-feira uma revisão das políticas públicas para reverter o "colapso moral em câmera lenta", que apontou como responsável pelos tumultos da semana passada.

"Este foi um sinal para nosso país. Problemas sociais que vinham sendo acumulados havia décadas explodiram nas nossas caras", disse.

Cameron disse que seu governo avaliará nas próximas semanas "todos os aspectos de nosso trabalho para reparar nossa sociedade fraturada".

Ele disse que deve ser declarada uma "guerra total" contra a cultura de gangues e que políticos britânicos têm evitado falar sobre o que é certo ou errado, mas "neutralidade moral" não seria mais aceitável.

Cameron citou crianças crescendo sem pais, escolas indisciplinadas e comunidades sem controle em uma lista do que acredita estar errado e disse que a população estaria urgindo o governo a agir.

Mas o líder da oposição trabalhista, Ed Milliband, disse que as ideias de Cameron seriam apenas "artifícios" para chamar a atenção e que o governo deve assumir parte da responsabilidade pelos tumultos.

"Somos todos responsáveis pela sociedade que criamos", disse ele.

O analista político da BBC Ross Hawkins afirma que Cameron e Milliband "sabem que precisam refletir o sentimento da população".

"Mas os dois sabem que diagnosticar problemas sociais são uma coisa e receitar remédios, outra", diz Hawkins.

Cerca de 1,4 mil pessoas foram indiciadas pelos tumultos que deixaram pelo menos cinco mortos pelo país na semana passada.

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Embaixadora olímpica é presa por distúrbios


Ela também participou de um ataque contra uma loja de telefones celulares. Chelsea foi presa após denúncia da própria mãe, Adrienne, que a reconheceu pela TV.

"Eu não me arrependo. Amo minha filha, mas ela foi criada para saber o que é certo e errado", afirmou Adrienne ao tabloide The Sun. Roger, o pai, disse que ele e a mulher deram uma bronca na jovem. "Houve muito choro. Ela não tentou evitar que telefonássemos para a polícia. Ela sabia que não ia adiantar."

Chelsea, que já apareceu em fotos ao lado do prefeito de Londres, Boris Johnston, e do presidente do comitê organizador, Sebastian Coe, foi escolhida com um grupo de londrinos para representar o orgulho da cidade em receber os visitantes.

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Londres ameaça um direito humano, o acesso à internet

O que aconteceu na capital britânica não diz respeito apenas à mobilização online

Revoluções árabes no Facebook, o Twitter incomodando o Irã, a China invadindo e-mails do Google. O universo digital vem andando de mãos dadas com a cena política mundial desde que as redes sociais se tornaram parte da rotina. Houve um tempo em que era comum querer saber qual era a utilidade desse tipo de serviço.

Esse tempo passou.Hoje, as redes sociais fazem parte da comunicação da maior parte dos moradores das grandes cidades. Popularizaram-se tanto quanto os telefones celulares. E por mais que tenham tentado rotular os levantes em Londres como "a revolta BBM" - em referência ao programa de bate-papo dos celulares BlackBerry, que foram usados pelos manifestantes para organizar ataques e fugir da polícia -, o que aconteceu na capital britânica não diz respeito apenas à mobilização online.Como ocorreu antes nos países árabes, na Espanha, no Chile e até no Brasil (não dá para dissociar o Churrascão da Gente Diferenciada ou as marchas que tomaram a Avenida Paulista este ano de suas intenções políticas), as mídias digitais foram utilizadas por ser populares. Se não fossem os celulares e as redes sociais, outras formas de comunicação os substituiriam. Ninguém chamou a Revolução Iraniana, de 1979, de "o levante das fitas cassetes", ainda que essa mídia tivesse sido usada para mobilizar os cidadãos daquele país.

A tentativa do primeiro-ministro britânico, David Cameron, de banir manifestantes das redes sociais para tentar conter os tumultos não condiz com a tradição democrática daquele país e lembra mais atos de Estados ditatoriais. É censura e controle. Primeiro, tira-se as redes sociais, depois, proíbe-se o uso de celulares e, em pouco tempo, confina-se todos em um gueto. Já vimos essa história.

Numa época em que o acesso à internet é defendido como um direito humano pela própria ONU, tal decisão soa autoritária e drástica. Uma vergonha para a tradição do país.


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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Voluntários se organizam por Twitter e Facebook para limpar Londres


Voluntários se organizam por Twitter e Facebook para limpar Londres



Redes sociais atraem britânicos para participar da operação depois dos distúrbios.

Usuários de redes sociais estão se unindo para uma grande operação de limpeza em Londres depois da onda de violência que assolou a cidade nos últimos dias.

Redes como Twitter e Facebook estão sendo usadas para coordenar as operações em toda a capital britânica.

Uma conta no Twitter chamda @riotcleanup (ou limpeza depois do distúrbio, em tradução livre), já atraiu mais de 18 mil seguidores em poucas horas, e está ajudando a coordenação das equipes.

Outros usuários do site de microblogging estão usando a hashtag #riotscleanup para combinar encontros entre voluntários e limpar áreas em volta de suas casas.

Os tumultos que começaram em Tottenham, no norte de Londres, no sábado, agora já se espalharam pela capital e para outras partes do país, como Birmingham, Liverpool, Bristol e Manchester.

Grupos de jovens mascarados destruíram lojas e restaurantes e atearam fogo a carros, prédios, pontos de ônibus e até delegacias.

As forças de segurança da capital britânica e de outras partes do país estão em massa nas ruas para tentar conter novos episódios de quebra-quebra, que já atingiram partes do norte, sul, leste e oeste de Londres.

E os conselhos de bairros londrinos como Croydon, Hackney e Enfield já enviaram equipes para a limpeza.

'Mais limpo'

Uma das voluntárias que usou as redes sociais para organizar equipes de limpeza foi Claire Parkinson, moradora do bairro de Lewisham. Ela conseguiu reunir 20 pessoas depois dos tumultos no bairro.

Parkinson afirma que a iniciativa serve também para mostrar o apoio às empresas de Lewisham que foram prejudicadas pelos distúrbios.

"Queremos ver se eles precisam de ajuda, mesmo que seja apenas para fazer uma xícara de chá. Também queremos mostrar que não somos de todo ruins, muitas pessoas vão se sentir mal depois destes eventos", disse.

A voluntária também afirmou que o bairro de Lewisham estava "mais limpo do que o que geralmente é" depois da operação organizada pelo conselho local.

Em Ealing, oeste de Londres, há informações de que mais de cem voluntários se reuniram na manhã desta terça-feira para ajudar na limpeza do bairro, levando vassouras, sacos de lixo e luvas. A maioria deles ouviu falar da operação de limpeza pelo Twitter e Facebook.

Em Croydon, os moradores também participaram da operação de limpeza na estação de trem de East Croydon.

O conselho do bairro conseguiu mais recursos para ajudar na operação, garantir a segurança das empresas e ajudar na reconstrução da comunidade. E acrescentou que conseguiu abrigo para as pessoas que tiveram que deixar suas casas devido aos distúrbios.

Uma porta-voz do Conselho de Hackney, norte de Londres, afirmou que o conselho enviou equipes de limpeza assim que a situação ficou mais segura e acrescentou que a limpeza estava "mais ou menos terminada".

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Violência fará Londres rever segurança para Jogos de 2012


Para ministra do Interior, organizadores 'levam muito a sério' segurança bilionária de evento em 2012

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Partida entre Inglaterra e Holanda, que aconteceria nesta quarta em Wembley, foi cancelada

A ministra britânica do Interior, Theresa May, disse nesta terça-feira que reverá os planos relativos à segurança para os Jogos Olímpicos de 2012, em meio à onda de violência na capital britânica.

Em entrevista à BBC, a ministra disse que as autoridades "levam a questão da segurança nas Olimpíadas muito a sério".

"Muito trabalho já foi feito para elaborar os planos para a segurança e a ordem pública nas Olimpíadas, e continuaremos a monitorar e avaliar o que for necessário", afirmou.

Desde o atentado no sistema de transporte londrino, que matou 52 pessoas no dia 7 de julho de 2005 - poucos dias após Londres vencer a disputa para sediar os Jogos -, a segurança foi uma das questões centrais dos organizadores londrinos.

A autoridade olímpica londrina destina em seu orçamento 757 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 2 bilhões) à segurança do evento, dos quais um terço é destinado aos locais de competição em si e o restante, à a região do Parque Olímpico e os leste de Londres.

Até o momento, a grande preocupação das autoridades é a possibilidade de ataques terroristas.

Ainda na sexta-feira passada, a ministra Theresa May garantia à imprensa que Londres contará com cerca de 12 mil policiais por dia na época dos Jogos Olímpicos, o que garantirá a segurança contra possíveis atentados.

Entretanto, desde o sábado passado, é a possibilidade de quebra-quebras organizados que mais tem preocupado os organizadores de eventos esportivos na Grã-Bretanha.

Mais policiamento

Nesta terça-feira, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que o número de policiais trabalhando em Londres passará de 6 mil para 16 mil.

O direcionamento de policiais para outras partes da cidade levou a federação inglesa de futebol, a Football Association (FA), a cancelar um amistoso entre a Inglaterra e a Holanda, que seria realizado no estádio de Wembley, no noroeste de Londres, na quarta-feira.

O evento tinha a expectativa de atrair 70 mil pessoas, e a avaliação foi de que a polícia não teria condições de garantir a segurança dos torcedores.

Outras partidas válidas por campeonatos locais foram canceladas por causa da onda de violência.

Questionado sobre a segurança dos Jogos de 2012, o comitê organizador tem direcionado às perguntas da imprensa para o Ministério do Interior.

Evitando se estender no assunto, um porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI) disse que a entidade está confiante nas medidas das autoridades locais.

"A segurança dos Jogos Olímpicos é uma prioridade para nós, mas é diretamente feita pelas autoridades locais. Eles conhecem melhor (a situação) e sabem o que é apropriado e dentro das proporções", disse o porta-voz do COI, Mark Adams.

"Estamos confiantes em que eles farão um bom trabalho nessa área."

Os Jogos terão início em 27 de maio de 2012 e só terminarão no dia 9 de setembro. A expectativa das autoridades londrinas é vender 8 milhões de ingressos para as Olimpíadas em si e outros 2 milhões para as Paraolimpíadas.

Além disso, são esperados 14,7 mil atletas de mais de 200 países, e 20 mil jornalistas cobrindo o evento.

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Premiê promete reprimir violência em Londres; 1 morre



Segundo uma reportagem da BBC, um homem de 26 anos que levou um tiro dentro de um carro em Croydon, sul de Londres, durante os distúrbios morreu, tornando-se a primeira fatalidade da onda de violência. Não havia mais detalhes disponíveis no momento.

"Isto é criminalidade pura e simples e precisa ser confrontada e derrotada", disse o premiê a repórteres do lado de fora de seu gabinete após ter retornado de férias com a família para lidar com a situação.

Ele convocou uma reunião do Parlamento por um dia para esta terça-feira, apesar do recesso. "As pessoas não devem duvidar que faremos tudo o necessário para restaurar a ordem nas ruas britânicas", afirmou.

Cacos de vidro, tijolos, garrafas e outros detritos começaram a ser retirados das ruas atingidas, agora tomadas por reforços policiais.

Políticos e a polícia atribuíram os distúrbios - os piores na Grã-Bretanha em várias décadas - a criminosos e baderneiros oportunistas.

Mas moradores das áreas afetadas e alguns comentaristas atribuíram os distúrbios a tensões locais e às dificuldades econômicas nesta cidade de crescente disparidade social.

"Não temos trabalho, não temos emprego. Ouvimos dizer que outras pessoas estavam pegando coisas de graça, então por que não nós?", perguntou E.Nan, um jovem com boné de beisebol em Hackney, bairro multiétnico da zona leste, um dos mais atingidos.

A Grã-Bretanha enfrenta uma fase de estagnação econômica, e o governo impôs profundos cortes de gastos e aumentos de impostos para tentar eliminar um déficit público que supera os 10 por cento do PIB.

Durante a noite, quando a violência diminuiu, carros abarrotados de produtos eram vistos em alta velocidade nas ruas de Londres. Testemunhas ouviram relatos de numerosos casos de veículos furtados por grupos de saqueadores.

Em Woolwich, bairro pobre da zona leste, as ruas estavam repletas de cacos de vidros misturados a produtos roubados, manequins de lojas e outros destroços.

"A noite passada foi a pior que o Serviço Metropolitano de Polícia já viu recentemente, com níveis inaceitáveis de saques, incêndios e desordem", afirmou um comunicado da polícia.

A polícia disse ter detido mais de 200 pessoas durante a última noite e um total de 450 nas três noites de violência. Segundo o comunicado, 44 policiais ficaram feridos, assim como 14 civis.

Em Londres, a certa altura os bombeiros disseram estar sem carros para combater os incêndios iniciados por saqueadores, e a polícia disse ter convocado reforços de outras cidades. Um total de 16 mil policiais deverá patrulhar as ruas na terça-feira à noite, quase três vezes os 6 mil que estavam nas ruas na segunda à noite, informou o primeiro-ministro.

Cameron interrompeu suas férias na Itália e viajou a Londres na segunda-feira. Ele convocou uma reunião do Cobra, comitê de crises do governo, para preparar uma estratégia contra a violência e analisar por que os distúrbios começaram e se espalharam com tamanha rapidez, surpreendendo as autoridades.

As autoridades qualificam os envolvidos nos distúrbios como baderneiros, e dizem que a violência não afetará os preparativos para a Olimpíada que começa dentro de menos de um ano.

Os distúrbios começaram no sábado no bairro de Tottenham, após um protesto pacífico contra o fato de um suspeito ter sido baleado por policiais dois dias antes.

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Distúrbios levam Inglaterra a cancelar amistoso

Os distúrbios dos últimos dias em Londres levaram a Inglaterra a cancelar seu amistoso de quarta-feira contra a Holanda no estádio de Wembley, cumprindo a recomendação da polícia, que precisa concentrar seus recursos no combate aos saques e incêndios cometidos por jovens em vários bairros da capital e em outras cidades.

"É com pesar que o encontro internacional de quarta-feira com a Holanda em Wembley foi cancelado," disse a Associação Inglesa de Futebol (FA) em nota na terça-feira.

Várias partidas de terça-feira do Campeonato Inglês, inclusive West Ham United x Aldershot Town e Charlton Athletic x Reading, também foram adiadas.

A onda de saques e vandalismo que começou no fim de semana em Londres se espalhou para outras cidades britânicas.

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Violência se espalha para outras cidades britânicas

A onda de violência e saques em Londres se espalhou para outras grandes cidades britânicas nesta terça-feira, enquanto autoridades lutam para conter os piores tumultos no país desde as grandes distúrbios da década de 1980.


Em Londres, grupos de jovens provocaram tumultos pela terceira noite seguida, incendiando prédios, veículos e latas de lixo, saqueando lojas e jogando garrafas e fogos de artifícios contra os policiais. A violência é uma advertência preocupante a respeito da possibilidade de problemas durante os Jogos Olímpicos de 2012, daqui a menos de um ano.

A polícia convocou centenas de homens para reforçar a segurança, além de policiais voluntários, e tomou a rara decisão de enviar veículos blindados para alguns dos bairros mais atingidos, mas ainda luta para controlar os tumultos em algumas regiões de Londres, e nas cidades de Birmingham, Bristol e Liverpool.

"A violência que vemos é simplesmente indesculpável. Pessoas comuns tiveram suas vidas viradas de ponta cabeça por essa selvageria irracional", disse a comandante da polícia Christine Jones. A polícia de Londres disse que 14 pessoas ficaram feridas, dentre elas um homem de mais de 60 anos que corre risco de vida.

Os distúrbios parecem não ter uma causa única - embora alguns dos envolvidos afirmem que são manifestações contra os fortes cortes de gastos do governo, que afetou todos os pagamentos previdenciários e vai eliminar milhares de vagas no serviço público até 2015.

Mas muitos parecem realizar os ataques simplesmente pela oportunidade da violência. "Venha se divertir", gritava um jovem no subúrbio de Hackney, leste de Londres, onde lojas foram atacadas e carros incendiados.

A crise é um importante teste para a coalizão conservadora do primeiro-ministro David Cameron, que inclui os liberal-democratas, legenda que temia que o programa de cortes drásticos no orçamento pudesse provocar problemas. Cameron interrompeu suas férias de verão na Itália e voltou para a Grã-Bretanha para uma reunião de emergência nesta terça-feira.

Espera-se que Cameron endureça a atuação da polícia. A secretária do Interior, Theresa May, recusou-se a falar sobre as medidas, mas pareceu desconsiderar medidas mais dramáticas. "A forma como a polícia atua na Grã-Bretanha não é com canhões de água", disse ela à Sky News. "A forma como a polícia atua na Grã-Bretanha é por meio do consentimento das comunidades".

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