quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Londres - Atrações históricas de graça



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Se você estiver na Inglaterra esta semana, aproveite  os 4 dias de Heritage Open Days para visitar de graça atrações históricas que normalmente são cobradas.
Heritage Open Days é organizado pelo orgão público English Heritage, responsável pela proteção dos patrimônios históricos da Inglaterra. Todos os anos, em setembro, o Heritage Open Days celebra a cultura e a história do país oferecendo acesso livre a muitos monumentos históricos.
Tem de tudo – castelos, igrejas, fábricas, túneis, templos, escritórios. As maiores atrações turísticas, como Stonehenge, estão fora da lista por um motivo bem simples: motivar as pessoas a explorar novos lugares e descobrir novas histórias.
Consulte este mapa para saber quais atrações estão inscritas no programa e como visitá-las. Aproveite, pois o Heritage Open Days vai só até este domingo, 11 de setembro.
E se você gostou da dica, prepare-se. Uma semana depois, nos dias 17 e 18 de setembro é a vez de alguns edifícios de Londres abrirem suas portas ao público. Na lista de atrações do Open House London está a BT Tower, cuja visita deve ser agendada com antecedência. Saiba mais em openhouselondon.org.uk.

O Grande Incêndio


Great Fire of London, 1666. Ilustração do Museu de Londres.
No dia de hoje, há exatos 345 anos atrás, teve início em Londres um dos maiores desastres de sua história. Em setembro de 1666 um incêndio devastador se estendeu por 3 dias e destruiu 80% do que se considera o coração de Londres. Mas antes, se você não sabe a diferença entre a City e a Greater London, não deixe de ler este post.
Abaixo você vai conhecer um pouco sobre a história do Great Fire of London (O Grande Incêndio de Londres), baseada em registros do Museu de Londres, que também contam como a catástrofe fez a Cidade se remodelar totalmente.
Londres antes do incêndio
Na época, Londres passava por um de seus momentos mais difíceis. A Inglaterra estava em guerra contra França, Holanda e Espanha; conflitos religiosos entre católicos e protestantes eram frequentes. Para piorar, um ano antes do incêndio a cidade vivia uma de suas maiores epidemias, a Great Plague, que em 1665 tirou a vida de um terço da população.

Domingo, 02 de Setembro de 1666
Por volta de 1 hora da manhã, o padeiro Thomas Farriner e sua família foram acordados pela fumaça. Eles estavam na padaria da rua Pudding Lane, próxima ao rio Tâmisa. Na mesma rua ficavam lojas de álcool, madeira e petróleo. Após um dia muito seco de verão com fortes rajadas de vento,  a catástrofe se tornou inevitável.

O fogo que começou no dia 02 só foi controlado no dia 05 de Setembro. Destruiu 13.200 casas e uma área de 1,7 km², o equivalente a 80% da City of London. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas. Muitas acamparam em áreas afastadas, outras saíram de Londres para nunca mais voltar. Com o caos que se seguiu, não se sabe ao certo quantas pessoas morreram. Seis mortes foram oficialmente registradas, sendo uma delas a da empregada de Thomas, na padaria onde o incêndio começou.

Aliás, na época houve uma grande investigação sobre a origem do fogo. Uma pessoa foi julgada e enforcada sob a acusação de ter causado um incêndio criminoso, no que seria uma conspiração católica. Infelizmente o homem, Robert Hubert, foi punido em vão, já que estudos atuais refutam esta tese. Hoje acredita-se que o fogo tenha começado com a faísca de um dos fornos da padaria atingindo uma pilha de madeiras deixada ao lado para secar.

The Monument, 1750, Sutton Nicholls
O recomeço
Em meio à tragédia, uma salvação. O incêndio erradicou a epidemia que assolava a cidade, destruindo os pontos de contaminação. As pessoas começaram então a discutir a reconstrução de Londres.

O parlamento designou uma pessoa para cordenar a reconstrução – Christopher Wren – e criou uma taxa sobre o carvão para financiar o projeto. A população pediu por uma cidade mais limpa, mais bonita, com ruas mais largas e casas à prova de fogo. Apesar das propostas de um novo design, Londres foi reconstruída a seu estilo original, somando-se muitas melhorias. Mas alguns estudos dizem que o incêndio fez mudar radicalmente a arquitetura de Londres.
A população passou o ano seguinte retirando escombros e limpando as áreas queimadas. Ao final de 1667, apenas 150 casas foram reconstruídas, usando tijolos ao invés de madeira. Surgiram as primeiras ruas pavimentadas e mais redes de esgoto. Um regulamento para construção de novos edifícios foi criado. Na época, a população julgou que Londres era a mais bela e mais limpa cidade do mundo.

As 'chamas' do The Monument
O Monumento
Em 1677 Londres inaugurou um monumento em homenagem ao Grande Incêndio, marcando o local onde o fogo começou. O topo da coluna de 61 metros de altura pode ser acessada pelos visitantes, que ganham uma vista panorâmica da cidade. Na verdade, o ponto exato onde o fogo começou fica a 61 metros do monumentoSe a coluna fosse colocada na horizontal, aí sim a coroa que ilustra as chamas do incêndio estaria onde um dia foi a padaria de Thomas Farriner. Na época, o Monument era a mais alta construção deste tipo em toda a Europa.

Visitando o Monument
Entre 2007 e 2009 a atração esteve fechada para restaurações, mas hoje você já pode visitá-la normalmente. Prepare-se para a subida: são 311 degraus de uma escada em forma de espiral. Atualmente, com tantos prédios altos no seu entorno, a vista é bem diferente do que foi um dia, mas ainda vale a pena.
Onde: Cidade de Londres, próximo a London Bridge.
Quanto: Adultos pagam £9.00
Funcionamento: Todos os dias, das 09.00 às 17.30 (confirme no site)
Mais informações: você encontra no site oficial do The Monument.



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