sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Confira os critérios para imigrantes qualificados



Programas dos EUA, Austrália, Grã-Bretanha e Canadá não exigem oferta de emprego.
Entre os destinos mais procurados por brasileiros, os quatro representantes da língua inglesa - Austrália, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido - oferecem programas especiais para facilitar a entrada de imigrantes qualificados. Todos estão abertos também para brasileiros.

Confira aqui os critérios básicos exigidos por cada país:

Austrália

O programa de migração qualificada do governo australiano foi criado em 1994. Para 2007/2008, o governo abriu 152,8 mil novas vagas para imigrantes qualificados.

O General Skilled Migration Programme (GSM, na sigla em inglês) é voltado a profissionais com idades entre 18 e 45 anos.

Dados do governo australiano indicam que, em 2006, dos 714 brasileiros que fizeram pedido de visto, 320 pediram através do GSM. O Departamento de Imigração e Cidadania não informou quantos foram bem-sucedidos no pedido.

Segundo o contador brasileiro Lucas Ramos, de 24 anos, que está no país através do programa, a principal dificuldade para se conseguir o GSM é a burocracia. " A quantidade de documentos e formulários a serem preenchidos é enorme. São necessários vários papéis, inclusive emitidos no Brasil".

Apesar da burocracia, não é necessário que o imigrante já tenha oferta de trabalho de uma empresa australiana para participar do GSM. No entanto, é preciso que o profissional seja de uma das áreas nas quais o país tem déficit de trabalhadores.

A lista das ocupações com demanda de profissionais é publicada pelo governo australiano e renovada conforme a necessidade. Atualmente, a relação conta com mais de 400 profissões das mais variadas.

Segundo Lucas, a oferta de emprego é alta e a contratação, incentivada pelo governo. "Como há escassez de trabalhadores, basta estar na lista das profissões em demanda e o emprego está praticamente garantido", afirmou. "Assim que o visto é emitido, o governo permite o cadastro em uma grande agência de empregos, que lista vagas nas áreas de demanda".

No entanto, ter bom nível de inglês é essencial na hora de procurar um emprego e pedir o visto, já que a Austrália é país onde o domínio do inglês tem o maior peso na soma dos pontos.

Canadá

Em 2006, o número de imigrantes qualificados aprovados pelo programa de pontuação canadense foi de 105,949.

O programa do Canadá se distingue por incluir a facilidade de adaptação do imigrante no país como um dos critérios para aprovação do visto. Denominado de "adaptabilidade", o critério analisa fatores como grau de escolaridade do cônjuge, oferta de emprego confirmada, experiência no mercado de trabalho canadense e estudo no Canadá.

Além deste, outros critérios analisados pelo governo ao emitir o visto são idade, educação, domínio do inglês ou francês, experiência profissional e oferta de emprego no Canadá.

Há também um sistema exclusivo para a província de Quebec, onde se fala francês, que tem requerimentos específicos na área de imigração. Para ser selecionado para o programa, é preciso passar por uma avaliação prévia do governo de Quebec, chamada Preliminary Evaluation for Immigration (PEI).

Grã-Bretanha

Até março deste ano, o programa para imigrantes qualificados na Grã-Bretanha era chamado de Highly Skilled Migrant Programme (HSMP, na sigla em inglês). No entanto, com a mudança nas leis de imigração do país, que substituiu todo o sistema anterior por um sistema de pontos único, nos moldes do programa australiano Points Based Scheme, o HSMP foi extinto.

Apesar disso, o governo britânico continua incentivando a vinda de imigrantes qualificados com o novo sistema e os requisitos avaliados continuam os mesmos - idade, domínio da língua, qualificação acadêmica, experiência na Grã-Bretanha e o salário do profissional no país de origem no ano anterior ao pedido.

O Ministério do Interior britânico disse à BBC Brasil que a pontuação exigida dos imigrantes desse grupo será "a mesma que estava em prática" no programa anterior.

Imigrantes qualificados que desejarem entrar ou permanecer no país, sem uma proposta de trabalho, terão de atingir 75 pontos para conseguir o visto.

Profissionais de diversas áreas de atuação como administradores, médicos, jornalistas, engenheiros e de outras atividades podem participar do programa, assim como pessoas com mestrado ou doutorado, cursados fora ou dentro da Grã-Bretanha.

Para o empresário brasileiro Hélio Santos, que trabalha no setor de petróleo e conseguiu seu visto através do extinto HSMP, os incentivos para imigrantes qualificados facilitam a vida profissional na Grã-Bretanha. "O visto de trabalho é automático, e não depende da empresa pedir para você. Acho um instrumento útil para o país pois atrai mão de obra muito qualificada".

De acordo com o Ministério do Interior, 40 mil estrangeiros entraram com pedido de visto de "imigrante altamente qualificado" em 2006, metade conseguiu o documento.

Estados Unidos

O número de imigrantes qualificados cresceu de forma significativa nos últimos anos nos Estados Unidos. Dados do Censo de 2000 revelam que um em cada cinco médicos era estrangeiro, um em cada cinco especialistas em computação, um em cada seis engenheiros e um em cada quatro astrônomos, físicos e químicos.

O governo se ajustou às mudanças no padrão de imigrantes no país e estabeleceu algumas regras por meio do programa Employment Based Immigration (Imigração com base no trabalho, em tradução livre).

Criado em 1990, o programa para priority workers (trabalhadores prioritários, em tradução livre) não é baseado em um sistema de pontuação. Nos EUA, o imigrante que pretende trabalhar nos Estados Unidos e não tem uma oferta de emprego deve demonstrar "habilidade extraordinária" em sua área de atuação.

Chamado de EB1, o visto é direcionado a profissionais das artes, ciências, negócios, educação e atletismo, assim como professores ou pesquisadores influentes e executivos de multinacionais.

Em 2006, o governo americano emitiu cerca de 37 mil vistos para imigrantes nesta categoria.

Caso o profissional não se enquadre em nenhum dos critérios exigidos, o governo americano oferece outros programas para imigrantes que pretendem trabalhar no país. No entanto, nos outros processos, é preciso que o candidato apresente uma oferta de emprego de uma empresa americana.




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