sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Número de britânicos que abandonam o país atinge novo recorde

400 mil pessoas saíram do país no ano passado.
No entanto, 591 mil estrangeiros entraram na Grã-Bretanha em 2006.

Enquanto milhares de imigrantes do leste europeu e da Ásia chegam ao Reino Unido em busca de trabalho, cada vez mais britânicos e residentes estrangeiros deixam o país em números recordes, segundo as últimas estatísticas divulgadas pela imprensa local.

Em 2006, último ano dos números oficiais, o balanço continuou a ser positivo para o Reino Unido - desconsiderando os ilegais -, pois 400 mil pessoas saíram e outras 591 mil entraram no país.

Dentro do primeiro grupo, 207 mil eram britânicos, que emigraram para países mais quentes e acolhedores como Austrália, Espanha, França, Nova Zelândia e Estados Unidos, enquanto o restante era formado por estrangeiros que residiam havia mais de um ano no Reino Unido.

No período considerado pelo estudo, o maior grupo de imigrantes procedia do continente asiático, desmentindo assim a percepção generalizada de que os poloneses e outros cidadãos dos novos Estados-membros da União Européia passaram a constituir a maior massa imigratória desde a ampliação do bloco.

A grande quantidade de imigrantes que entram diariamente e se estabelecem não apenas em Londres, mas em muitas outras partes do país, está submetendo muitos municípios a fortes pressões em matéria de prestação de serviços.

Dos 400 mil que emigraram, 100 mil já tinham um novo emprego assegurado, 82 mil foram em busca de trabalho e o resto teve como objetivo estudar, viver com algum parente ou simplesmente passar seus anos de aposentadoria em algum país com mais sol e custo de vida menor.

A publicação dos novos números sobre fluxos migratórios representou para alguns a prova de que o Reino Unido se transformou em exemplo de um país totalmente inserido na economia globalizada do século XXI.

Na maioria dos casos, as migrações em ambos os sentidos obedecem a motivos econômicos.

Austrália é popular
A Austrália é o destino mais popular, o que se explica tanto pelas oportunidades de trabalho como pelo fato de que os britânicos não precisam aprender outro idioma, o que provoca certa resistência para alguns.

Enquanto 100 mil britânicos ou pessoas de origem australiana se transferiram para a Austrália no ano passado, 56 mil cidadãos foram viver na Espanha e 40 mil na França.

Mais de 20 mil trabalhadores do leste europeu retornaram para os países de origem, na maioria para a Polônia, que é o primeiro contingente migratório dessa região.

Além dos imigrantes por motivos econômicos estão os que chegam a este país para estudar, que com um total de 157 mil em 2006 representaram um número recorde.

Segundo o Ministério do Interior, mais de 25% dos imigrantes no Reino Unido são estudantes -eram 20% cinco anos atrás.

O número de estudantes estrangeiros dobrou desde 1998, quando 77 mil pessoas chegaram ao território britânico, e, segundo números oficiais, essas pessoas representam uma injeção econômica anual de cerca de 8,5 bilhões de libras (cerca de 12 bilhões de euros).

A China é o país que lidera a presença de estudantes estrangeiros em universidades britânicas com 52 mil no ano acadêmico 2005/06, seguida por Índia, com 16 mil e Estados Unidos, com 14 mil.

As carreiras mais populares entre os estrangeiros são as ciências empresariais, seguidas pela engenharia e tecnologia.

Os centros de ensino superior mais populares são o University College London, com 27 mil estudantes de fora do país, e a London School of Economics, com 64% dos matriculados de origem estrangeira.

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