quarta-feira, 9 de novembro de 2011

'Meu ex-chefe está espalhando informações ruins a meu respeito'

"Recentemente", relata um leitor, "saí de uma empresa na qual trabalhei durante quatro anos. A minha saída foi complicada, porque tive uma séria discussão com meu chefe e agora, pensando com mais calma, eu sei que falei para ele algumas coisas que não deveria ter falado. De qualquer forma, eu achava que estava certo em meus argumentos, e continuo achando. Mas a corda arrebentou do lado mais fraco e eu perdi o emprego. 

Isso vai fazer três meses e eu tentei todas as opções para me reempregar: contatos com antigos colegas, envio de currículos, cadastramento em sites, mas até agora nada aconteceu. Tenho quase certeza de que meu ex-chefe está dando informações ruins a meu respeito, evitando que eu consiga um novo emprego. Estou certo em minha avaliação?"


Não, não está. A percepção de que empresas ficam ligando umas para as outras em processos seletivos está arraigada na mente de profissionais que foram demitidos e que tinham problemas de relacionamento com o chefe. Mas essa é uma percepção falsa. 

Nos últimos 20 anos o meu nome figurou como superior imediato ou como referência em pelo menosuma centena de currículos de pessoas que trabalharam comigo. Apenas um par de vezes recebi ligações de headhunters para conversar sobre ex-subordinados, e sempre para cargos de nível gerencial ou de diretoria. 

Então, o nosso ouvinte não precisa se preocupar com a opinião do ex-chefe dele. Porque ela até pode vir a ser solicitada por alguma empresa, mas essa será uma exceção. A grande maioria não vai ligar, porque boas empresas sabem que nem sempre a opinião de um ex-chefe é inteiramente confiável, e por isso, não as solicitam. Elas preferem decidir por conta própria, através de bons entrevistadores, se um candidato serve ou não serve.



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