sábado, 26 de novembro de 2011

Relatório denuncia escravidão "oculta" no Reino Unido




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A maioria das vítimas é de imigrantes, os mais vulneráveis à exploração.As vítimas do novo tráfico vêm do Leste Europeu, África, Ásia e América do Sul.


Cerca de 200 anos após a abolição do comércio de escravos no Reino Unido, ainda existem algumas formas "ocultas" de escravidão, e muitas empresas do país se aproveitam delas, segundo um relatório publicado nesta última quinta-feira

A maioria das vítimas é de imigrantes, os mais vulneráveis à exploração por traficantes sem escrúpulos devido ao efeito combinado das dívidas contraídas no processo de imigração, da intimidação pela qual passam, da perda de seus documentos pessoais e de um conhecimento insuficiente de seus direitos.

O relatório, elaborado pela Universidade de Hull e pela organização "Anti-Slavery International", afirma que as vítimas do novo tráfico vêm do Leste Europeu, África, Ásia e América do Sul.

Os imigrantes são empregados pelos dez mil capatazes que operam no Reino Unido, alguns deles ilegalmente, em setores como agricultura, construção, limpeza e trabalho doméstico, fabricação e embalagem de alimentos, serviços de saúde, hotelaria, restauração e prostituição.

Contra o tráfico de pessoas
Em fevereiro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, comprometeu-se a assinar um tratado do Conselho da Europa contra o tráfico de pessoas, que garante às vítimas proteção e atendimento social.

Segundo o co-autor do relatório, Gary Craig, diretor-adjunto do Instituto Wilberforce para o estudo da Escravidão e da Emancipação da Universidade de Hull, a ratificação do tratado pelo governo seria "um primeiro passo importante".

"Os serviços de proteção e apoio oferecidos atualmente aos homens, mulheres e crianças vítimas da exploração do trabalho são insuficientes", critica Craig.

O arcebispo e prêmio Nobel da paz sul-africano Desmond Tutu, que colabora com os autores do relatório, confessa que até então não tinha tomado consciência da existência "dessas formas modernas de escravidão", e acrescenta que "muita gente não acredita que essas coisas ocorram em condições modernas como as nossas".


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